Dilma venceu: vão mesmo privatizar a Rodovia da Morte!

Prezados,

Cada vez mais frustado, não obstante ainda mais resignado, continuo a minha luta pela duplicação e alteração do traçado da BR-381: a rodovia campeã de acidentes e mortes no Brasil.

Pela BR-381 circula a maior parte das riquezas de Minas Gerais e nem mesmo isso é capaz de sensibilizar o Governo Federal para a importância da modernização imediata dessa rodovia, já que o número recorde de mortes não é argumento suficiente para convencer os homens e mulheres (em especial a "Mãe" do PAC, Dilma Rousseff) de Brasília. Talvez se fosse algum parente vitimado na BR-381, dessem maior importância para o tema. Mas eles, certamente, não transitam por essa rodovia, só viajam em confortáveis aviões, pagos com dinheiro suado de nossos impostos.

Afinal, por que os homens e mulheres (em especial a ministra que retirou a BR-381 do PAC) de Brasília se importar com tantas vidas perdidas, já que nem o Governador de Minas, Aécio Neves, tem se manifestado, ao menos publicamente.

A ministra Dilma Rousseff afirmou recentemente, perante o mundo inteiro, que "o meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável". Óbvio que houve um erro de pronunciamento, mas será que em seu subconsciente não seria esse o seu verdadeiro conceito. Afinal podemos esperar qualquer absurdo de uma pessoa que é capaz de retirar uma uma das mais importantes, e sanguinárias rodovias do PAC, onde estava previsto a obra de duplicação e alteração do traçado da BR-381, conforme projeto do DNIT (clique aqui e conheça o projeto do DNIT), e pretende privatizá-la, ou seja, autorizar a cobrança de pedágio em uma estrada completamente ultrapassada e extremamente perigosa, conforme pretende a ANTT (clique aqui e conheça o projeto da ANTT).

As principais diferenças entre um projeto e outro (DNIT e ANTT) são:

a) O primeiro (DNIT), que é o que o povo quer, reconhece o óbvio: a estrada é perigosa e ultrapassada, portanto necessita de obras imediatas para a sua modernização (construção de viadutos, pontes, variantes, eliminação de curvas etc.);

b) O segundo (ANTT), que é o que a Ministra Dilma quer, pretende cobrar pedágio antes das obras de duplicação (que não prevê, ao menos no projeto original, a construção de viadutos, pontes, variantes, eliminação de curvas etc., visando reduzir o custo do pedágio). Além disso, existem condicionantes para que a empresa seja obrigada a realizar a duplicação, ou seja, caso tais condicionantes não sejam atingidas a concessionária não será obrigada a realizar a obra.

O Governo Federal prefere botar a culpa dos acidentes exclusivamente nas vítimas e se eximir de qualquer responsabilidade, ignorando completamente que a imprudência sozinha não mata, mas associdada ao traçado sinuoso e à ausência de barreiras físicas entre as pista, é quase inevitável que as mortes ocorram. Outro fato que cabe salientar é que nem sempre as vítimas são os motoristas imprudentes, mas mesmo o motorista mais cauteloso nada pode fazer quando um veículo, em sentido contrário, invade a sua pista (ausência de barreiras físicas) ou, no mesmo sentido, colide em sua traseira, após uma curva (traçado sinuoso).

Isso é que é Brasil: não falta de dinheiro para Copa nem prá Olimpíada, mas para acabar com a chacina que acontece nas estradas...

Já que tem "Bolsa Família", "Bolsa Escola", "Bolsa Moradia", "Bolsa Panetone" e tanta outras "bolsas" que eu nem sei mais, por que não pode ocorrer a duplicação e alteração do traçado da BR-381. Quais interesses impedem a realização de tal obra que tantas vidas pouparia? Talvez exista alguma justificativa plausível que foge ao entendimento comum e somente os homens e mulheres (em especial, a ministra que retirou a BR-381 do PAC) tenham a capacidade de decifrar.

Desculpem o meu desabafo. Peço a Deus que ilumine a cabeça homens e mulheres (em especial, a ministra que, ainda por cima, é mineira) de Brasília.

Lucio Mario
Movimento SOS Rodovias Federais
(31) 9191-5691