quinta-feira, 5 de julho de 2012

Trecho da BR-381 entre BH e Valadares registra 61 mortes

Geral

terça-feira, 3 de julho de 2012

Somente entre janeiro e maio deste ano, já foram registradas 61 mortes no trecho de 314 km da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares, conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgados em matéria do Jornal O Tempo do último domingo (1º).

De acordo com a reportagem, o percurso de pista simples e sinuoso mata 52,5% mais do que a parte duplicada e privatizada da rodovia, com 463 km, denominada de Fernão Dias, entre as capitais mineira e paulista. No mesmo período, 40 pessoas perderam a vida nesse trecho.

Conforme anunciado recentemente pelo Governo Federal, o edital de licitação para a obra de duplicação deverá ser lançado até setembro. Até lá, milhares de pessoas que trafegam ou moram nas cerca de 30 cidades às margens da estrada vão continuar temerosas. A PRF estima que 20 mil veículos trafeguem por dia pelo trecho.

Somente nos 100 km entre João Monlevade e Belo Horizonte, considerados os mais perigosos, existem, aproximadamente, 200 curvas. Nos primeiros cinco meses deste ano, foram registrados 1.063 acidentes no percurso, uma média de sete por dia. Nem mesmo os vários radares instalados no trecho intimidam os motoristas, já que no mesmo período do ano passado o número de acidentes foi praticamente o mesmo registrado em 2012, com 1.064 casos. Entre 2008 e maio de 2012, foram registrados 576 óbitos na 381.

Durante três dias, a reportagem de O Tempo percorreu o trecho de 314 km e se deparou com diversas histórias de traumas e perdas. A dona de casa Janice Galo Faustino, 55, moradora de Nova Era, perdeu o marido José Maria em um acidente na via há seis anos. Ele foi atingido por um carro no acostamento.

Até mesmo a socorrista do Serviço Voluntário de Resgate (Sevor), Tarcila Prandini de Oliveira, 30, já foi vítima de acidente na 381. Em 2010, ela capotou uma ambulância ao prestar atendimento. O carro, que teve perda total, deslizou na pista e caiu em uma ribanceira. Tarcila teve apenas arranhões e dores na cabeça. “Hoje, tenho consciência do perigo que é a 381”, conta.

Fonte: Jornal A Notícia

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