01/12/2011 15h20
Para eles, o maior exemplo é a condição da BR-381
O presidente Pastor Carlinhos disse que a situação precária da estrada pode mudar, depois que uma pessoa ligada ao diretor do Dnit morreu também na BR-381
Flávia Henriques
Regional Monlevade
Os vereadores monlevadenses não estão satisfeitos com as condições das principais estradas de Minas Gerais, que devem receber durante a Copa do Mundo de 2014, um trânsito mais intenso do que o atual, com a vinda de turistas do Brasil e exterior. A vereadora Dorinha Machado (PMDB), na sessão ordinária da Câmara Municipal dessa quarta-feira, dia 30, ilustrou a gravidade do problema ao usar a expressão “covardia”, do colega Sinval Dias (PSDB), para apontar o descaso do Governo Federal com a BR-381. Considerada a “Rodovia da Morte”, ela é responsável pela maioria das mortes nas estradas no país. “Belo Horizonte está em obras, o Mineirão sendo reformado. Mas as estradas estão em péssimas condições”, criticou.
O vereador Guilherme Nasser (PSDB) concordou com a afirmação de Dorinha, ao citar um desvio que existe há cinco anos na rodovia, após a queda de uma barreira. “Nunca arrumaram, preferiram asfaltar o desvio”, recriminou. Segundo Nasser, a solução é fazer leis dirigidas aos políticos. “Enquanto não obrigarem políticos e seus parentes a se tratarem pelo SUS, andar de carro nas estradas e entrar para escolas públicas, nada vai mudar”, lamentou.
Na opinião do presidente da Casa Legislativa, o vereador Pastor Carlinhos (PV), a situação precária da estrada pode mudar. “Parece que algo será feito. Ouvi na (rádio) Itatiaia que um parente de diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) morreu. De tanto vocês falarem, morreu alguém ligado a eles”, lembrou.
Nos últimos anos, os parlamentares têm debatido o tema duplicação com a população do município e em encontros regionais. E uma das convicções dos participantes dessas reuniões é de que a melhoria das estradas e da própria 381 somente acontecerá se houver acidentes com vítimas fatais envolvendo políticos ou seus familiares.
Fonte: DeFato Online
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