Geral - O deputado Alexandre Silveira (PPS) defendeu, no plenário da Câmara, a duplicação da rodovia BR 381, que liga Belo Horizonte e Governador Valadares. O trecho de 120 quilômetros até João Monlevade é um dos mais perigosos do país porque, conforme explicou o parlamentar, corta as montanhas, com um traçado antigo, serpenteado por inúmeras curvas muito perigosas. "Essa situação torna-se trágica quando observado o grande fluxo de veículo e a imprudência e irresponsabilidade de alguns motoristas; por essas características, é conhecida como Rodovia da Morte".
A BR 381 é a principal ligação da capital mineira com o Leste do Estado, as praias do Espírito Santo, com o Sul da Bahia e, principalmente, o Vale do Aço. "Transporta gente e riquezas regionais, naquele que é um dos maiores pólos siderúrgicos da América Latina". A população tem se mobilizado para pedir providências, exibindo faixas com palavras de ordem. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Minas ingressou com ação civil pública contra a União para conseguir liberação de recursos e a manutenção da obra no PAC. A entidade, disse Silveira, propôs a responsabilização do governo central por qualquer dano à comunidade usuária.
Deputados
"Se todos têm se empenhado na tentativa de solucionar esse que pode ser chamado de espetáculo da tragédia da desgraça humana, por que nós, deputados, legítimos representantes desse povo, não nos unimos com o mesmo objetivo?". A rodovia, diz Silveira, não beneficia apenas Minas. Dela saem vários troncos e todos os brasileiros que por ali passam serão contemplados com maior segurança e conforto.
Alexandre Silveira foi diretor-geral do Dnit. Desde 2003, quando ocupava a coordenação-geral da Unit, tem declarado que o trecho BH-João Monlevade da BR 381 é preocupante. O parlamentar vem sustentando a necessidade urgente de sua duplicação. "Àquela época, determinei a contratação do projeto de viabilidade técnica, traçado e meio ambiente feitos pela União e pelo Ministério dos Transportes", lembrou.
O projeto de 2003, contou o deputado, previa traçado mais retilíneo e abertura de vários túneis. "Além de reduzir o tempo de viagem, o novo traçado levou em consideração o impacto que as mudanças causariam na vida das pessoas que residem nas áreas que margeiam a rodovia".
Alexandre Silveira acrescenta que em sua gestão conseguiu a restauração de todo o trecho até Ipatinga, com pavimentação e melhoria nas sinalizações horizontal e vertical; alargamento de pontes, efetuando e terminando o contorno de Coronel Fabriciano e Timóteo, cujas obras estavam paralisadas por mais de dois anos.
Definição
O deputado lembrou que o vice-presidente da República, José Alencar, recebeu o grupo de mineiros que queriam a obra e apoiou a iniciativa. Ela foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento porque Silveira já havia determinado a contratação do projeto de viabilidade e da retificação do traçado. O parlamentar, acompanhado de empresários do Vale do Aço, reuniu-se também com a ministra Dilma Roussef. Ela disse ao grupo que não seria possível a iniciativa privada tocar a obra porque o pedágio precisaria ser muito caro para repor os investimentos. "Ela manifestou, então, sua intenção de continuar com a estrada incluída no PAC".
"Depois, vimos pela imprensa que o processo poderia se dar por via da concessão e, o que nos desgostou muito, que todo o projeto original, contratado pelo Dnit, que corrige o pior trecho da rodovia, poderia não ser realizado", relatou Alexandre Silveira no plenário da Câmara. Foi então que ele procurou o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueiredo, para defender a obra. Agora, as comunidades da região e demais usuários da rodovia aguardam uma definição para a BR 381.
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