Paulo Henrique Lobato
FISCALIZAÇÃO
Depois de muitas promessas e centenas de vidas perdidas no violento trânsito da malha federal que corta Minas Gerais, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciou ontem o processo para religar 22 radares nas rodovias mineiras. A previsão é de que todos os equipamentos estejam funcionando até o fim de novembro.
Dez deles vão vigiar os motoristas que pisam fundo no acelerador no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. A via, de 26,2 quilômetros, liga a BR-040 à BR-381 e recebe, diariamente, cerca de 100 mil veículos. Todos os anos, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) registra mais de mil acidentes no local. O trecho mais crítico é a descida sinuosa entre os bairros Olhos d’Água e Betânia.
Em 16 de setembro, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) decretou estado de calamidade pública no corredor. Outros sete radares serão instalados na BR-381, que liga a divisa de São Paulo e Minas Gerais a Governador Valadares, no Vale do Aço. A expectativa é de que mais de um radar vigie os 108 quilômetros entre BH e João Monlevade, na Região Central, conhecido pelo macabro rótulo de Rodovia da Morte.
Mais dois equipamentos serão encaminhados à BR-040. O Dnit não informou se ambos vão ser fixados nas duas entradas do Viaduto Vila Rica, mais conhecido como Viaduto das Almas, no km 592. Os dois radares que funcionavam no local foram desligados em outubro de 2007. Por fim, a BR-356, que começa no fim da Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul, e prossegue até Ouro Preto, receberá três radares. Os equipamentos vão ser religados em caráter de emergência. Há uma expectativa de que esse prazo dure seis meses, quando o Dnit pretende ter concluído a licitação para ligar cerca de 400 radares em Minas Gerais.
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