terça-feira, 20 de julho de 2010

Manifestação na BR-381 em 25/07/2010, no trevo de Caeté

No próximo domingo, 25/07/2010, às 10:00 hs, no trevo de Caeté, será realizada uma manifestação em memória das vítimas da tragédia que ocorreu em 25/06/2010 e vitimou 09 (nove) pessoas, entre elas duas crianças de três meses e três anos, e uma grávida de nove meses, causando enorme comoção no município de São José da Lapa.





Nova tragédia na BR-381 causa comoção em São José da Lapa
Pedro Ferreira - Estado de Minas
Publicação: 25/06/2010 17:33 Atualização: 25/06/2010 19:11


 
 
Nove pessoas – entre elas duas crianças de três meses e três anos, e uma grávida de nove meses, que estava indo ter o filho na casa dos pais em Baixo Guandu (ES) –, morreram num grave acidente na madrugada desta sexta-feira, no km 425 da BR-381, trecho conhecido como "Rodovia da Morte". Na tragédia desta sexta, dez pessoas, entre amigos e parentes, todos moradores de São José da Lapa e Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, viajavam em um Gol e numa Parati para o Espírito Santo, onde participariam de um casamento neste fim de semana. Numa curva do quilômetro 425, em Caeté, Grande BH, uma carreta de 35 metros de comprimento, e carregada com 30 toneladas de fios de aço, tombou na pista contrária e esmagou os dois carros. O Gol ainda foi arremessado numa ribanceira de 20 metros de altura. Oito das vítimas morreram na hora e Jéssica Fernanda Silva Coelho, de 19, morreu ao dar entrada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), na capital.

Veja a galeria de fotos do acidente

No hospital também deu entrada o passageiro Cleimerson Souza Silva, de 26, que teve traumatismo toráxico e craniano e corre risco de morrer. O motorista da carreta Scânia placa ECM 3536, de Cubatão (SP), Rusembergt Pinheiro de Oliveira, 41, teve ferimentos leves e também foi levado para o HPS. O Gol preto, placa HAM 6451, era dirigido pelo eletricista Gustavo Henrique de Abreu, de 26. Ele e os quatro passageiros morreram na hora: o mestre de obras Márcio José Lopes, de 31, sua mulher Camila Bezerra de Carvalho, de 22, o filho do casal Júlio César Carvalho Lopes, de 3 meses, e Marcela Cortes, de 24, que estava grávida e teria o bebê até quarta-feira.

O marido de Marcela, André Gomes da Cruz, de 29, e o filho deles, Andrey Gomes Cortez, de 3, viajavam na Parati preta placa HEW 8925, dirigida pelo caseiro Sebastião Juninho Queiroz, de 31. Todos e a passageira Jéssica morreram. Cleimerson foi o único sobrevivente da turma de amigos e colegas de trabalho. A pista ficou interditada por 6 horas, nos dois sentidos. Às 8h40, o engarrafamento era de mais de 9 quilômetros no sentido Vale do Aço.

Comoção
Em São José da Lapa, a 38 quilômetros da capital, as famílias de Gustavo e Sebastião ficaram sabendo do acidente por volta das 6h50, quando uma rádio noticiou a tragédia. A irmã de Gustavo, Eliane Aparecida Lino, de 33, entrou em desespero, escolhendo o terno e a gravata para sepultar a vítima. "Acordei às 2h40 da madrugada, sentei no sofá da sala para amamentar meu bebê e Gustavo também acordou. Disse que ia sair mais cedo para apanhar Márcio, Camila e o filho deles em Vespasiano. Antes de sair, ele brincou com meu filho, dizendo que voltaria domingo para brincar com ele. Quando saía, pedi a Gustavo para dirigir devagar, que a estrada é muito perigosa, e que ele pedisse isso também a Juninho, que ia dirigir o outro carro", disse Eliane. Gustavo era um bom motorista e tinha o costume de pegar a estrada, segundo ela. A mãe e a avó de Gustavo moram em Joaquim Felício, no Norte de Minas, e foram avisadas da tragédia.

Gustavo completou 26 anos no dia 21 de maio. Na festa, ele convidou o amigo Sebastião para viajar para o Espírito Santo. Também combinaram outra festa de aniversário para Sebastião, no mês que vem. Sebastião estava feliz, segundo o irmão Edmar Aparecido Lima Queiroz, de 37. Em agosto, ele ficaria noivo durante a festa de Nossa Senhora do Rosário, em Sabinópolis, no Vale do Rio Doce, sua terra natal. Vários parentes das vítimas foram o HPS João XXIII, em Belo Horizonte, tão logo souberam do acidente. O mestre de obras Marco Antônio Lopes, de 40, irmão de Márcio, não se conformava. “Perdi um irmão, uma cunhada e um sobrinho de apenas 3 meses. Perdi parentes, amigos e colegas de trabalho, tudo de uma só vez”, lamentou.

O carregador Vilson Coelho, de 60, chegou ao hospital confiante que sua filha Jéssica estivesse viva. Ao saber que ela não tinha resistido, chorou desesperadamente. Jéssica era noiva de Gleimerson, que sobreviveu. Gustavo será sepultado na manhã deste sábado em São José da Lapa. Sebastião, em Sabinópolis. Jéssica, em Vespasiano. Na tarde desta sexta, parentes das vítimas ainda aguardavam a liberação dos corpos no IML de Belo Horizonte. Os corpos dos dois casais e das crianças seguiriam para o Espírito Santo.

Fonte: Portal Uai

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