domingo, 7 de novembro de 2010

2010.11.06 - Sevor completa 10 anos de atuação em Monlevade e região - DeFato Online

ONG celebra missa para marcar uma década de serviço voluntário e comprometimento com a vida

Flávia Henriques
Regional Monlevade

Nessa quinta, dia 4, o Serviço Voluntário de Resgate (Sevor) completou 10 anos de fundação e atuação nas rodovias federais (BR 262 e BR 381), e área urbana de João Monlevade. Para celebrar a data e os resultados alcançados pelo grupo nesse período, foi realizada uma missa em ação de graças, às 19h30, na igreja São Luis Maria de Monfort, no bairro Loanda, em João Monlevade. Voluntários, parentes e amigos estiveram presentes.

O Sevor surgiu em 2000 como uma Organização Não Governamental (ONG) e mostrou desde o início a força do terceiro setor. Seu principal objetivo era atender a uma carência da região que, até hoje, não conta com o serviço de resgate e corpo de Bombeiros, na prestação de socorro a vítimas de acidentes nas estradas. Atualmente, o Corpo de Bombeiros de Itabira tenta suprir tal necessidade.

De acordo com o presidente, o médico Hamilton Plábio Lopes, de 59 anos, o objetivo do grupo continua o mesmo. Porém, “houve um aprimoramento ao levarmos conhecimento às várias camadas da sociedade sobre o trabalho que realizamos, principalmente nas escolas”, garante ele ao apontar o projeto “Servor nas Escolas”.

Hoje, o Sevor conta com uma equipe de 51 socorristas, altamente capacitados para auxiliar as vítimas de quedas, colisões, acidentes que envolvam carros e desastres. Segundo Hamilton Lopes, o grupo possui título de utilidade pública municipal e estadual e, agora, está com documentação em tramitação em Brasília para reconhecimento em nível federal, o que “traria muito mais recursos para o nosso trabalho”.

Parcerias, fatos e psicologia

Desde sua fundação, o Sevor conta com a contribuição de empresas e cidadãos de Monlevade e região para realizar o seu serviço social. Graças a essa rede solidária, o grupo conta com quatro veículos utilizados na prestação de socorro e apoio, além de estrutura física para reunir a equipe, guardar a frota, manter almoxarifado e equipamentos.

Para um dos fundadores, Carlos Clemente Teixeira, de 35 anos, que é técnico em Enfermagem do Trabalho, a parceria e contribuição da sociedade são muito importantes para a continuidade e qualidade do serviço prestado. “O ideal seria que as pessoas contribuíssem cada vez mais com doação de material de primeiros socorros, porque usamos muito”, afirma.

Em sua opinião, todos esses anos de serviço voluntário foram marcados por diversos acidentes impactantes. “Há três anos, durante uma manhã chuvosa, socorremos um homem que estava num veículo com placa de Santa Catarina. O carro bateu de frente com uma carreta na curva do mel (sentido BH-JM) e levamos uma hora para tirar a vítima das ferragens. Nessa época, não tínhamos ainda equipamento apropriado para facilitar a remoção dele, que não resistiu aos ferimentos e morreu”, recorda Clemente.

Segundo ele, tal situação é parte do cotidiano dos voluntários que contam com o acompanhamento de uma psicóloga para trabalhar a questão emocional da equipe. “Também nos reunimos após acidentes que exigem muito de nós, para conversarmos sobre os procedimentos e outras questões que possam melhorar nosso atendimento às vítimas”, conta.

O Sevor trabalha em parceria com a Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal. Em caso de acidentes dentro do município de João Monlevade, o grupo recomenda que seja feito o contato por meio do telefone 190. A ONG atua na seguinte área: Sentido BH (fim no trevo de acesso a Barão de Cocais); Sentido Vitória (fim na Serra do Macuco; Sentido Ipatinga (fim em Nova Era).

Fonte: DeFato Online

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