Detonação integra obras de construção do gasoduto da Região Metropolitana do Vale do Aço
Da Sucursal - 6/01/2010 19:57
TIMÓTEO – Parte da BR-381 ficou interditada por duas horas nesta quarta-feira (6). O trecho entre os Kms 272 e 274 – Vale do Aço a Belo Horizonte – foi fechado nos dois sentidos para detonação de uma rocha para que as obras de construção do gasoduto tenham prosseguimento.
O percurso vai do Distrito de Cachoeira do Vale, Bairro Santa Rita, em Timóteo, no Vale do Aço, e a Comunidade Lagoa do Pau, pertencente ao município de Jaguaraçu. As pistas foram liberadas por volta das 11h30.
Segundo o gerente de Projetos da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Eduardo Batista Soares, a detonação foi executada devido à instabilidade do rochoso maciço. “Nossa preocupação inicial foi com a segurança da população e do gás. Os engenheiros perceberam que havia risco de desmoronamento. Então, foi decidido que seria necessária a detonação”.
A explosão foi efetuada pelo Consórcio Vale do Aço, contratada pela Galvão Engenharia, que executa as obras do gasoduto no Vale do Aço. A previsão era de que seriam necessárias duas horas e meia para conclusão do trabalho, sendo uma hora para preparar a detonação e uma hora e meia para a explosão e limpeza do local.
Porém, de acordo com o gerente de Implantação do Consórcio Vale do Aço, Paulo Menelogo, o local ficou interditado por duas horas. “A previsão era essa, caiu muita terra, muita pedra, mas não houve necessidade. Conseguimos limpar o local em duas horas”.
Paulo Menelogo acrescenta que a previsão é de que as obras que ainda restam dentro de Ipatinga, também no Vale do Aço, sejam encerradas até 20 de fevereiro deste ano. Para a finalização das obras, ainda falta serem finalizadas pontos no viaduto do Iguaçu, final da Avenida Brasil, no canteiro da Avenida Pedro Linhares, próximo ao Ipatingão, no Bairro Veneza – em frente ao posto Faisão e no canteiro da rotatória no final da Avenida Macapá.
O gasoduto abastecerá a Região Metropolitana do Vale do Aço com gás natural, atendendo às empresas e população das cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano, João Monlevade, Timóteo e Belo Oriente, entre outras. O investimento é de, aproximadamente, R$ 400 milhões.
Na primeira fase do projeto, foram investidos R$ 37,6 milhões nas cidades de São Brás do Suaçuí, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ouro Branco e Ouro Preto, que já têm o sistema em funcionamento. As verbas são da Gasmig. As empresas atendidas são Açominas (Gerdau), Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e Sociedade Brasileira de Eletrólise (Sbel), além de três postos de gás natural veicular (GNV). A demanda total é de 218 mil metros cúbicos de gás por dia.
A segunda etapa do projeto, com extensão prevista em 278,5 quilômetros, irá atender a contratos já firmados com a Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), com 8,6 milhões de metros cúbicos de gás por mês, Acesita (do grupo ArcelorMittal), com 6 milhões de metros cúbicos por mês, e Belgo-Mineira, com 1,6 milhão de metros cúbicos por mês.
Ao final do gasoduto, a Gasmig vai passar a fornecer 1,1 milhão de metros cúbicos de gás por dia, o dobro do que é hoje. A obra deverá atender a Região Metropolitana do Vale do Aço com 2,4 milhões de metros cúbicos por dia.
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