quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

2010.01.07 - Fila de 12 km na BR-381 - Jornal Vale do Aço

Zeca Carvalhomn_33Zeudetonacao FORAM NECESSÁRIAS MAIS de duas horas para a retirada dos escombros dos dois lados da rodovia

Explosivos foram acionados com uma hora de atraso

TIMÓTEO – O tráfego de veículos na BR-381, na saída do Vale do Aço para Belo Horizonte, ficou suspenso por grande parte da manhã desta quarta-feira (6), gerando um quadro sem precedentes. Centenas de motocicletas, automóveis e caminhões que vinham da capital para a região também ficaram presos na estrada. Por mais de 3h, o trânsito ficou interrompido nos dois sentidos. A paralisação aconteceu desde as 9h até o meio-dia, em função de uma rocha na lateral da rodovia que precisava ser explodida, por questões de segurança, no contexto das obras do Gasoduto do Vale do Aço.

Conforme informação da Polícia Rodoviária Federal, a fila de veículos chegou a 12 km em ambos os lados. A detonação do maciço rochoso ocorreu entre os quilômetros 272 e 274 da BR. O Consórcio Vale do Aço, conglomerado dos prestadores de serviços que executam as obras do Gasoduto Vale do Aço, havia programado o início dos trabalhos para as 8h. Porém, houve um atraso de uma hora.

A explosão se deu pouco antes do início do anel rodoviário que dá acesso a Ipatinga, e depois do distrito de Cachoeira do Vale, entre o Bairro Santa Rita, em Timóteo, e a comunidade Lagoa do Pau, pertencente ao município de Jaguaraçu. Em função da operação de segurança, o trânsito só foi normalizado após as 12h, quando todo o entulho já havia sido retirado.

A empresa que executou o serviço de explosão foi a Sequência Engenharia. Foram usadas dez toneladas de nitrato de amônia, na forma de gel. Como já estava previsto, foi feito um isolamento nos dois sentidos da pista, com um 1 km de distância do local onde a rocha foi detonada. Todos que acompanhavam o processo de preparação da detonação tiveram que se retirar. Os explosivos foram acionados às 9h30. Logo após, técnicos de segurança liberaram a pista para a limpeza, feita por três máquinas carregadeiras com o auxílio de vários caminhões basculantes. Os estilhaços da pedra se amontoaram no meio da rodovia e também à margem.

Preparativos

A dinamite à base de gel que foi usada na detonação do rochedo junto à BR-381 foi fixada dentro dos buracos feitos no maciço, no interior de pedaços de cano de PVC. Após esse procedimento, os técnicos colocaram bisnagas de areia para obstruir a saída da carga explosiva, processo chamado de tamponamento.

“Furamos o buraco e dentro dele colocamos a dinamite com um tubo de PVC. Depois colocamos a bisnaga de areia no mesmo local do explosivo. Esse processo recebe o nome de tamponamento. Um fio vermelho, chamado de cordel detonante, possui por dentro um pó detonante que queima a uma velocidade de 7.000 metros por segundo”, explicou um técnico da empresa Sequência Engenharia.

O técnico explicou ainda que o fio alaranjado possui um dispositivo detonante, que fica no final do cordel. No momento da detonação, um choque elétrico, emitido pelo estopim hidráulico, aciona simultaneamente a espoleta, que por sua vez detona a pólvora do cordel, e assim se realiza a detonação.

Caminho alternativo

Uma rota alternativa foi criada para atender a passagem de ambulâncias, corpo de bombeiros ou outros veículos de emergência enquanto era realizada a operação na rodovia. A estrada usada foi um acesso vicinal próximo à estação ferroviária de Timóteo, que fica paralela à linha férrea e que dá acesso à comunidade rural de Japão, no município de Antônio Dias. Contudo, em função da demora, agentes da Polícia Rodoviária Federal acabaram liberando a estrada também para carros pequenos e caminhões com cargas leves.

Fonte: http://www.jvaonline.com.br/novo_site/ler_noticia.php?id=79897

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