sexta-feira, 15 de outubro de 2010

2010.10.15 - MP investiga envolvimento de policiais em esquema – JVA Online

Suspeita é de que grupo cobrava até 100% a mais para remover veículos na BR-381

AKRvSf3fAcidente_que_vitimou_Antonio_Martins_dos_Santos_-_BR-458_-_Foto_Zeca_Carvalho_13 CONFORME A DENÚNCIA que chegou ao MPF, a fraude ocorre no trecho entre Santana do Paraíso e Governador Valadares

DA REDAÇÃO - O Ministério Público Federal em Ipatinga abriu, nesta quinta-feira (14), um inquérito para apurar a participação de agentes da Polícia Rodoviária Federal na “máfia do reboque”. A suspeita é de que o esquema tenha cobrado de proprietários até 100% mais caro pela remoção de veículos envolvidos em acidentes na BR-381. Conforme denúncia recebida pelo MPF, a fraude ocorre no trecho entre Santana do Paraíso, no Vale do Aço, e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

A investigação no Vale do Aço será coordenada pelo procurador da República Edmar Gomes Machado, que não descarta ampliar a apuração do crime para o restante do Estado. Segundo denúncia recebida pelo ministério, o reboque credenciado pelo Detran de Minas cobra R$ 152 pela remoção do veículo e R$ 28 de diária no local onde ele fica guardado.

Uma das primeiras providências do Ministério Público Federal será interrogar a família do feirante José Daniel Mateus, 62 anos, que morreu no último dia 19 de setembro em um acidente na BR-381, em Santana do Paraíso. Os familiares dele denunciaram à Polícia Civil de Ipatinga que pagaram quase R$ 600 com o guincho e a diária do pátio de Timóteo, a 45 Km do local do acidente. A família do feirante alega que não foi comunicada pelos patrulheiros da PRF sobre os custos da remoção. Se fosse chamado o reboque da cidade, o serviço não chegaria a R$ 200.

OFÍCIO AO REGIONAL

A proprietária do guincho credenciado pelo Detran para prestar o serviço no trecho de Santana do Paraíso, Valquíria Cândido, disse que na ocasião do acidente não recebeu nenhum telefonema dos policiais rodoviários federais para atender o caso e denunciou que fatos semelhantes vêm ocorrendo com frequência, há vários meses. Ela disse que enviou ofício sobre o assunto ao delegado Regional da Polícia Civil de Ipatinga, João Xingó.

A chefia da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais informou que a corregedoria da instituição investiga a denúncia com base em informações publicadas pelos jornais do Vale do Aço. A instituição alega que não recebeu nenhum documento formal sobre a participação dos policiais.

O procurador Gomes disse que recebeu ofício da chefia da PRF na quinta-feira, que informa que não há empresas credenciadas em Minas para prestar o serviço de reboque nas rodovias. Ele alega que há uma denúncia, que também será apurada, que alguns delegados estariam guinchando mais caro para os proprietários de veículos acidentados no Vale do Aço.

Fonte: JVA Online

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