sábado, 29 de janeiro de 2011

Acidente mata avó, netos e amigo na 381 - Jornal A Notícia

Divulgaçãocapa1Lucas e Luiz Henrique são duas das quatro vítimas de mais uma tragédia na BR-381

O que era para ser uma viagem de reencontro terminou como a mais recente tragédia da BR-381. Três pessoas da mesma família - avó e dois netos - e um amigo que se disponibilizou a ser o motorista deles morreram em um acidente na manhã da última quarta-feira (26), no quilômetro 383 da rodovia, em São Gonçalo do Rio Abaixo. As vítimas residiam em Monlevade e voltavam do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, onde as duas crianças desembarcaram depois de uma viagem à Alemanha. O carro em que estavam o amigo, a avó e os dois meninos bateu de frente com uma carreta. Todos morreram na hora. Avó e netos eram da família Heringer. Noady Bastos Melo Heringer, 66, estava no banco do carona. As crianças, Lucas Heringer Walther, 11, e Luiz Henrique Heringer Walther, 8, estavam sentadas no banco de trás do Meriva, placas HDB-9731, de João Monlevade. O veículo era dirigido por Geraldo José dos Santos, 42, um amigo da família. Em uma curva, o automóvel de passeio bateu de frente contra uma carreta Mercedes Benz, placas GOZ-4662, de Formiga (MG). O impacto foi violento. O eixo dianteiro da carreta foi arrancado e o veículo de carga se descontrolou e despencou por uma ribanceira de mais de 30 metros. O motorista saiu ileso. Já o Meriva foi arremessado para 40 metros de distância do local da batida. O carro ficou completamente destruído. A mãe das crianças, a médica monlevadense Sílvia Bastos Heringer, foi até o local do acidente. Ela estava em um ônibus por causa do excesso de bagagens e seguia cerca de 40 minutos atrás do Meriva. Descontrolada, a mulher precisou ser amparada por parentes e amigos que compareceram à rodovia assim que souberam da tragédia. O médico Lassy D’Ávila Heringer, tio-avô das crianças, foi um dos que amparou Sílvia. Ele contou que os meninos passaram as férias escolares na Alemanha, onde mora o pai deles, ex-marido de Sílvia. A família se reencontrou no aeroporto em Belo Horizonte e voltava para João Monlevade. Os garotos eram estudantes do Centec. Geraldo José dos Santos, o amigo que dirigia o carro, trabalhava na empresa Sempre Volta, que presta serviço à ArcelorMittal Monlevade. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não sabe o motivo do acidente. Um perito da Polícia Civil de Itabira compareceu ao local para os trabalhos de praxe.

A principal hipótese é alta velocidade, sendo que o motorista do carro de passeio pode ter cochilado. O tacógrafo da carreta marcava que o veículo de carga seguia a 60 km/h, quando a velocidade permitida no local é de 80 km/h. A rodovia ficou com trânsito lento até as 10h30, quando o Meriva foi retirado da pista. Os corpos das vítimas foram trazidos para o Necrotério do Cemitério do Baú, em João Monlevade. Geraldo e os membros da família Heringer foram velados durante a manhã de ontem (27), no Velório Municipal. O motorista foi enterrado às 13h, no Cemitério de Carneirinhos. Avó e netos foram sepultados também na parte da tarde, porém no Cemitério do Baú.

Despedida

Como não poderia ser diferente, o clima era de muita tristeza no velório das vítimas do acidente na BR-381. O corpo de Geraldo estava na primeira capela e os membros da família Heringer na segunda. Todos os caixões estavam tampados e traziam fotos dos monlevadenses que morreram na tragédia. Ao lado da capela da família, um mural trazia momentos da vida dos garotos. O movimento era intenso no velório. Parentes e amigos das vítimas chegavam a todo o momento para a última despedida dos entes queridos. A médica Sílvia Heringer recebia abraços e as manifestações de conforto. O pai dos meninos veio da Alemanha para o enterro. Ele chegou a Belo Horizonte na manhã de ontem e seguiu para Ipatinga em outro vôo, tudo para fugir do pior trecho da BR-381, parcialmente interditado em Ravena por causa de obras. Ele também quis evitar passar pelo mesmo local em que os filhos perderam a vida.

Fonte: Jornal A Notícia

2 comentários:

  1. Até quando vamos continuar ficando órfãos de parentes e amigos sem tomar nenhuma medida para que a situação mude? Os "grandes", os "poderosos", aqueles que têm na mão o pode de decidir em nome de todos nós, não passam pela 381 de automóvel.

    ResponderExcluir
  2. É preciso que sejamos realistas e assumamos que a maioria dos acidentes nao ocorre por causa da largura das ruas e estradas, mas por imprudencia dos motoristas - os que correm demais, os que bebem antes de dirigir, os que dormem no volante e nao assumem que estao cochilando, os que estao cansados demais e nem deveriam sentar no volante, os que usam drogas... Enfim, é doloroso se deparar com os acidentes, mas é fácil demais arranjar um culpado para encobrir erros humanos...

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...