Pedro Ferreira -
Publicação: 27/01/2011 07:05 Atualização: 27/01/2011 08:27
Carlos Vaz contabiliza ganhos na estrada: "O sol estava de rachar e vendi mais de 700 garrafas de água"
Os engarrafamentos são tão constantes na Rodovia de Morte, que muita gente aproveita para ganhar dinheiro com a situação. É o caso de Carlos Vaz, conhecido como “Mágico Xuxa”, de 58 anos, que se apresenta em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte e, nas férias, vende água e refrigerante na BR-381, sempre em locais em que há acidentes e interdição de pista.
Desde domingo, ele passa o dia próximo ao km 439, em Ravena, distrito de Sabará, região metropolitana, onde houve engarrafamentos de até 20 quilômetros, em cada sentido da estrada, por causa de uma cratera que se formou na pista. “O sol estava de rachar e as pessoas passavam mal de tanto calor nos carros. Na segunda e terça-feira, vendi, por dia, mais de 700 garrafas de água e 400 latas de refrigerante”, contabilizou, revelando que aderiu à prática há anos, mas guardando segredo sobre seu faturamento.
Na quarta-feira, ele encheu seu Gol de mercadoria e logo cedo marcou ponto no local. O trânsito, porém, havia sido liberado. “Não teve fila e ninguém parou”, lamentou. Nos gargalos tradicionais, como no Natal, ano novo e carnaval, é que vêm os melhores resultados. “Início e fim de férias escolares também dão lucro. Não gosto muito de ganhar dinheiro com desastre, mas, se tem retenção, dou assistência aos usuários da estrada ”, decreve o mágico-vendedor.
No ano passado, quando a paralisação chegou a 36 horas, devido a uma carreta que transportava amônia atravessada na pista, o mágico chegou a trabalhar das 6h às 19h, “trincando no sol”, segundo ele. “Acabava a minha mercadoria e eu buscava mais. Em três dias, ganhei mais dinheiro do que trabalhando um mês nas escolas”, disse Carlos Vaz, que mora no Bairro Tupi, na Região Norte de Belo Horizonte.
Veja as imagens das obras na cratera
Fonte: Portal Uai
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