quinta-feira, 13 de agosto de 2009

2009.08.13 - BR-381 para hoje no trevo de Itabira - JORNAL DIÁRIO DO AÇO

 Wellington Fredd2_CDx9MBR-381 Sequencia de paralisações começou após acidente fatal em Caeté

Mobilização pela duplicação chega ao sexto ato público em busca de respostas para projeto de modernização da rodovia BH/Valadares.

IPATINGA - O Movimento SOS Estradas Federais de MG, mais os representantes de 27 municípios que utilizam a BR-381 Norte (Belo Horizonte/Governador Valadares) promovem hoje a sexta edição do “Ato público a favor da reconstrução da BR 381”.

Dessa vez a mobilização acontecerá no trevo de Itabira, local marcado por constantes acidentes, causados principalmente pelo traçado inadequado do trevo.

Motoristas que trafegam pela rodovia devem enfrentar congestionamento a partir das 14h nas proximidades do trevo.

A expectativa dos organizadores é que o protesto dure apenas uma hora, para evitar maiores transtornos e que a iniciativa tenha avaliação negativa ou ganhe a antipatia de quem estiver em viagem na estrada.

Políticos e lideranças de entidades organizadas de Itabira, Bom Jesus do Amparo, Santa Maria de Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais, João Monlevade e Caeté estão entre os que já confirmaram presença.

Para informar sobre o objetivo da paralisação a mobilização contará com faixas, cartazes e culto ecumênico.

Demora

Segundo o Dnit a expectativa é que as obras de duplicação da estrada comecem em 2013. No momento o órgão cuida da contratação dos projetos executivos e, dentro de um ano, se tudo sair como planejado, serão conhecidos os projetos de engenharia de dez trechos em que a obra foi dividida entre Belo Horizonte e Governador Valadares.

Fazer licitações para que as obras comecem efetivamente é outra etapa, que depende principalmente do orçamento, coisa que não existe no momento.

Mobilização

Especialista em transito, transporte e assuntos urbanos e dirigente do Movimento SOS Estradas Federais de MG, José Aparecido Ribeiro afirma que ao chegar ao sexto ato público, a mobilização pela reconstrução da BR-381 Norte já tem alguns pontos marcantes.

O primeiro deles é que até seis meses atrás a culpa dos acidentes era exclusivamente dos motoristas e hoje não se vê mais falar mais que a culpa é só dos motoristas. “Admite-se que a culpa é também de uma estrada com engenharia ultrapassada, de 52 anos atrás, e que não atende mais aos veículos que nela transitam”, afirma.

Outro ponto destacado por Ribeiro é o amplo entendimento da sociedade que não se pode falar mais em simples duplicação. É preciso fazer a modernização da estrada, com a reconstrução de vários trechos.

Decepção: previsão agora é 2013

Em relação à nova previsão, de início das obras da BR-381 somente a partir de 2013, o dirigente do SOS Estradas Federais de Minas Gerais, José Aparecido Ribeiro, afirma que o Ministério dos Transportes está omisso em relação ao assunto. “O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, dificilmente vem a Minas Gerais e ele deve uma satisfação ao Estado”, afirma.

Aparecido Ribeiro lembra que as estatísticas da BR-381 por si já são representativas da situação da rodovia, que só em 2008 matou 138 pessoas no trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte.

“Esse número refere-se a vítimas que morreram na hora nesses acidentes. Se forem contadas as vítimas que morreram depois ou a caminho do atendimento médico, chegaremos a 277 vítimas”, adverte.

Solução está em Brasília

Aparecido também admite que as mobilizações locais já não resolvem mais. O que falta é a continuidade no processo da duplicação em Brasília e isso compromete os resultados.

“A BR-381 é um caso de segurança nacional. Não é um problema de Ipatinga, de Caeté, João Monlevade ou Governador Valadares. Vai além de Minas Gerais”, afirma.

A solução possível, destaca Aparecido Ribeiro, está em Brasília. No entendimento do dirigente é preciso que alguém em algum momento chegue para o presidente da República e para o ministro dos Transportes e os convença da gravidade da situação da Rodovia da Morte. “Eles precisam entender que esse não é um assunto cotidiano e cabe a eles a determinação para que o projeto da duplicação ande”, conclui.

Fonte: http://diariodoaco.com.br/noticia.php?cdnoticia=25343#topo

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