sexta-feira, 21 de agosto de 2009

2009.08.21 - Fiscalização na 381 será menor - O Tempo

Radares. Trecho entre BH e João Monlevade ganhará apenas dois equipamentos, contra 20 na BR-040

Fiscalização na 381 será menor

Para SOS Estradas Federais, trechos mais perigosos ficaram de fora

Eugênio Martins

O trecho de 108 km da BR-381, entre Belo Horizonte e João Monlevade, no Vale do Aço, conhecido como Rodovia da Morte pelo grande número de acidentes e mortes, receberá apenas duas lombadas eletrônicas e dois radares fixos. A medida integra a megalicitação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para reativar e instalar equipamentos de controle de velocidade em todo o Brasil. Os trechos mais perigosos, segundo a PRF, entre os KMs 420 e 425, em Caeté, que registrou o maior número de acidentes em 2008 (146) e entre os KMs 405 e 410, em Nova União, que lidera o saldo de mortes (19), não têm previsão de receber os equipamentos, segundo planilha apresentada em audiência pública sobre a licitação.

O edital, que estava previsto para ser publicado ontem no "Diário Oficial da União", deve sair hoje. O trecho da BR-381 já foi alvo de seis protestos de moradores, políticos e entidades sociais neste ano, pedindo, além de uma maior fiscalização, a duplicação da estrada.

Se a licitação for adiante, a média será de um radar a cada 21,6 km, média inferior ao trecho mais perigoso da BR-040 (entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete), que em 105 km receberá 20 radares (um para cada 5,25 km). Na BR-262 (entre a capital e Pará de Minas), serão cinco equipamentos em 86 km, média de um por 17 km. Segundo a assessoria do Dnit, são vários os critérios para definição dos locais onde os aparelhos serão instalados, entre eles a viabilidade técnica e a ocorrência de acidentes.

Para o presidente do movimento SOS Estradas Federais de Minas, José Aparecido Ribeiro, os trechos mais perigosos não foram levados em consideração. Ele defende um maior rigor na fiscalização do excesso de velocidade na 381, mas é contrário ao uso de radares fixos, que pela primeira vez estão sendo adotados pelo Dnit.

"O que funciona são as lombadas eletrônicas, que já existem e que precisam ser reativadas e aumentadas. Elas cumprem a função educativa do radar. Já os fixos (conhecidos também como pardais), muitas vezes ficam escondidos e servem mais para arrecadação com multas e não impedem que o motorista continue rodando em alta velocidade", alegou.

Flash
O Dnit enviou pedido para que a PRF utilize seus radares móveis nas operações da BR-381, como falta de suprir a falta de equipamentos

Números
1.410 acidentes foram registrados na BR-381 entre BH e João Monlevade no ano passado

321 lombadas eletrônicas existem hoje em todo o Brasil
1.130 lombadas serão instaladas ou reativadas depois da licitação
389 radares de três tipos serão distribuídos nas BRs de Minas

Onde serão instalados os radares

BR-381, entre Belo Horizonte e João Monlevade
- São 108 km
- Trecho receberá duas lombadas eletrônicas e três radares fixos
- Média de um radar para cada 21,6 km

BR-040, entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete
- São 105 km
- Trecho receberá cinco lombadas eletrônicas e 15 radares fixos
- Média de um radar para cada 5,25 km

BR-262, entre Belo Horizonte e Pará de Minas
- São 86 km
- Não receberá nenhuma lombada eletrônica e terá cinco radares fixos
- Média de um radar para a cada 17 km

BR-116, entre Governador Valadares e Caratinga
- São 120 km
- Receberá cinco lombadas eletrônicas e oito radares fixos
- Média de um radar para cada 9,23 km

Fonte: http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdEdicao=1394&IdCanal=6&IdSubCanal=&IdNoticia=119185&IdTipoNoticia=1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...