Belo Horizonte -
O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes de Minas Gerais (Dnit), Sebastião Donizete de Souza, garantiu esta semana, que os projetos para a duplicação da BR-381, devem começar a ser elaborados ainda este mês. A informação foi dada através de ofício enviado à Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
No documento, o Dnit informa que já foi concluído o processo licitatório para começar os estudos da duplicação. De acordo com o ofício, foram escolhidas sete empresas para elaborar os projetos de oito lotes distribuídos no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Os investimentos estão estimados em R$ 23,8 milhões. O ofício informa ainda que o órgão está aguardando a liberação de recursos orçamentários para a assinatura dos contratos, com previsão para este mês.
No entanto, a informação do Dnit foi colocada em xeque durante audiência pública realizada, na última quarta-feira, 12, na ALMG. O encontro foi promovido pela Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização, com o objetivo de esclarecer sobre as obras na BR-381, prometidas pelo Governo Federal. O superintendente do Dnit, Sebastião Donizete, não compareceu e enviou ofício dando garantia das obras. Mas, o deputado Wander Borges (PSB) colocou em dúvida as informações enviadas pelo órgão. Segundo ele, faltam os dados de outros dois lotes previstos no trecho. Além disso, o parlamentar questionou a justificativa da liberação de recurso para a assinatura dos contratos. "Só se faz licitação quando há dotação orçamentária. E os recursos não precisam ser liberados antes do início dos trabalhos; eles são pagos à medida que são concluídos", afirmou.
Descaso do Dnit
Informações divulgadas pela Assessoria de Imprensa da ALMG apontam que todos os participantes da audiência reclamaram a ausência de Sebastião Donizete. No ofício, o executivo do Dnit alega que não pôde participar em razão de "compromissos já assumidos". A justificativa não convenceu a deputada Cecília Ferramenta que tentou contato com o superintendente por mais de 15 dias. "Não é possível que o órgão não tenha ninguém para trazer essas informações", disse. Ela propôs encaminhar ao presidente Lula, à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, uma moção de repúdio pelo descaso do executivo.
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