Minas -
A paralisação da BR 381, no trevo de Nova União, realizada na última sexta-feira, 13, não aconteceu como esperado. O movimento chegou a ser considerado como o mais fraco de todos os realizados neste ano por um dos principais líderes da manifestação pró-duplicação, Jadson Rodrigues (PDT), conhecido como Pardal, vereador da cidade de Caeté.
O parlamentar não escondeu sua decepção dizendo que enviou convites a todos os políticos das cidades próximas. "A maioria confirmou presença e não compareceu. Apenas a presidente da Câmara Municipal de João Monlevade justificou ausência, já que o seu filho estaria casando naquela data", comentou.
Apesar do pouco público, Pardal ainda insistiu para que o bloqueio durasse 14 horas como havia sido cogitado, porém, a hipótese foi logo descartada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que determinou um prazo de apenas 30 minutos.
Previsto para ter início às 16h, o movimento começou com meia hora de atraso e durou apenas 47 minutos, sendo exibidas durante este tempo faixas e entregues adesivos. A celebração da missa prevista na programação também não ocorreu. Ela foi transferida para a igreja de Nova Aparecida, onde apenas moradores locais compareceram.
De acordo com dados divulgados pelos organizadores da paralisação, o ato contou com a presença de 70 pessoas, sendo que desse total, apenas 40 eram manifestantes. O resto se dividia entre repórteres e policiais (PRF, Batalhão de Choque e PM de Nova União).
Durante o bloqueio, o engarrafamento chegou a se estender por aproximadamente dez quilômetros nos dois sentidos, deixando motoristas e passageiros de veículos impacientes. Eles chegaram a se juntar para pedir a liberação da pista.
Presenças
A manifestação contou com a presença do padre José Emídio de Souza, da Paróquia de São Sebastião, de Nova União, que fez uma oração pelas pessoas que morreram em acidentes registrados no trecho de Governador Valadares a Belo Horizonte.
O ato também teve a participação do prefeito nova-uniense, Moacir Barbosa de Figueiredo (PP), que pediu união das autoridades políticas para que as obras tenham início o quanto antes. A fala foi completada por Pardal, que lamentou a o fracasso do ato devido ao pequeno número de adeptos, porém, não deixou de ressaltar que a luta continua.
Quem também esteve presente foi o presidente da Câmara Municipal de Itabira, Neidson Dias de Freitas (PP) e o vice-presidente, Paulo Ferreira Chaves (PSDB), que carregaram uma faixa com os seguintes dizeres: "Rodovia da Morte - o Governo Federal não toma providências!"
O líder do Legislativo chegou a falar sobre a possibilidade de cancelamento do movimento. "Pode ser que não tenhamos a paralisação hoje por falta de quorum", ironizou. Além dessas autoridades, também estiveram presentes o deputado estadual Wander Borges (PSB), ex-prefeito de Sabará, e o vereador de Nova União, Marcelo Marcelino dos Santos (PMDB).
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