domingo, 1 de novembro de 2009

2009.11.01 - Enquanto a prudência não vem - JORNAL DIÁRIO DO AÇO

Alex Ferreirad2_3jYzs05b Motorista força ultrapassagem em São Gonçalo do Rio Abaixo, com veículos se aproximando no sentido contrário

Outubro foi um mês marcado por tragédias nas estradas

Enquanto a prudência não vem

DA REDAÇÃO – Sob chuva, o trânsito é marcado por violência nas estradas mineiras. Seis pessoas morreram nas primeiras horas do feriado prolongado. Uma mulher foi atropelada na BR-381, saída de Ipatinga para Valadares, duas morreram em um acidente com uma ambulância na BR-262, em Bom Despacho, outras duas morreram na BR-365, e um homem morreu em uma colisão na BR-153.

Além do fator ambiental, com estradas construídas há muitos anos, com traçado inadequado para suportar o tráfego intenso, pesam na estatística a imprudência do motorista, conforme flagrou a reportagem do DIÁRIO DO AÇO, quando na terça-feira (27) percorreu o trecho Ipatinga/Belo Horizonte da BR-381. Ultrapassagens em local proibido e excesso de velocidade são as situações mais comuns verificadas no trecho. 

Segundo o inspetor Aristides Júnior, assessor de imprensa da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais, a pista escorregadia e a visibilidade comprometida são os dois principais fatores geradores de condições que facilitam os acidentes.

“Como os motoristas estão acostumados a dirigir, na maior parte do tempo, com o piso seco, quando deparam com o trecho chuvoso eles não tomam cuidados como diminuir a velocidade, acender os faróis, aumentar a distância em relação ao veículo à sua frente e redobrar a atenção. O resultado é essa tragédia nas estradas”, observa.

Além da insistência dos motoristas em dirigir, nos trechos rodoviários molhados, como se estivessem em pista seca, outros fatores influenciam diretamente nos acidentes, como o pneu “meia vida”. Segundo Aristides Júnior, o pneu desgastado com o qual o motorista trafega com certa segurança sem chuva, torna-se um risco elevado para a segurança e estabilidade do veículo com a pista molhada.

Assustador

O inspetor lembra que todos os fatos citados, associados à imprudência de alguns motoristas e ao aumento significativo do movimento nas estradas, em razão do feriado prolongado, levam às tragédias nas estradas. O que mais preocupado, afirma Aristides, é que, no feriado prolongado de 12 de outubro, 21 pessoas morreram no período de quatro dias, de sexta a segunda.

No primeiro fim de semana posterior, no mesmo período de quatro dias, foram registradas 27 mortes, sem a ocorrência de feriados ou data festiva, o que desenha um cenário assustador quando outros feriados prolongados se aproximam, como o de Finados.

“E assim foi a tônica de outubro, com seguidas tragédias nas estradas, como o acidente com o ônibus da Itapemirim com dez mortos, o acidente com a Van, no Vale do Aço, com 12 mortos, e vários outros acidentes fatais. Esperamos que essa situação sirva de alerta a quem pegou a estrada neste feriado”, concluiu.

Fonte: http://diariodoaco.com.br/noticia.php?cdnoticia=28451

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