A morte trágica do Padre Almir no último dia 21, em um grave acidente na BR-381, “A Rodovia da Morte”, há cinco dias, chocou toda a população de Itabira, sua terra natal, e levou mais de 5 mil pessoas na despedida no dia 22, durante o velório e missa de corpo presente realizada na Catedral Diocesana, por mais de 20 padres da Diocese Itabira/Coronel Fabriciano.
Foto: Arquivo Via
Padre Almir durante lançamento de seu livro Atos da Caminhada de um Povo.
Neste sábado, dia 25, familiares do pároco, que nos últimos anos coordenava a paróquia da cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo, divulgaram nota em solidariedade a outras famílias que tiveram parentes mortos no acidente. Além do Padre Almir, outras três pessoas morreram no acidente que envolveu quatro véículos. Almir voltava de Belo Horizonte, onde realizada um tratamento contra alcoolismo, para Itabira. O Gol em que viajava teria ultrapasado dois veículos pelo acostamento, e ao retornar para a pista principal, perdeu o controle e invadiu a direção contrária, colidindo contra uma carreta, que tombou sobre um Santana, bateu de frente com uma caminhonete D20, e em seguida em um Scort e numa Saveiro.
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Padre Almir e as outras três vítimas morreram na hora.
VEJA NA ÍNTEGRA NOTA DIVULGADA PELA FAMÍLIA DO PADRE ALMIR ASSINADA POR LUMÊNIA
“A família do padre Almir Adomiran Duarte vem manifestar aos familiares das vítimas do acidente ocorrido dia 21/09, os sentimentos de dor, angustia e aflição pelo ocorrido.
Sabemos que este nosso lamento não irá trazê-los de volta ao nosso convívio, mas nós estamos sofrendo cinco vezes mais com toda esta tragédia, porque nosso querido Almir estava passando por problemas, só nós sabemos e agora esclarecemos: depressão melancólica. Temos certeza, não era isto que ele queria, pois amava e respeitava os seres humanos, a natureza e tudo que tinha vida. Além do mais era defensor da duplicação da BR 381.
Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para ele se recuperar. Estávamos em constante e incansável vigília, cuidando, procurando-o, conversando, apoiando, amparando, mas respeitando sempre o seu limite, pois o que ele amava muito neste mundo, era ser padre e não queria abandonar sua missão de servir à Deus.
Infelizmente fica na nossa mente, várias perguntas sem respostas, que só Deus sabe o porque e para que isto tudo está acontecendo em nossas vidas.
Rogamos então a ELE que nos perdoe, pelo que deixamos de fazer ou então porque não soubemos discernir e entender o seu pedido de socorro.
Entendemos que a imprensa tem que cumprir com o seu trabalho, mas muitas vezes divulga notícias que não são verídicas, isto nos entristeceu muito e causou um mal entendido entre todos.
Certo é que, estamos com muita dor e nos resta pedir perdão pelo Almir a todos os familiares que também estão passando por este momento difícil, e se possível for, entenderem e compreenderem os nossos sentimentos.
PAZ para todos nós!”
Fonte: Via Comercial
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