Sidney Lopes/em/D.A Press Na BR-381, em Sabará, duas pessoas perderam a vida no choque entre um Uno e outros dois veículos
Balanço das polícias rodoviárias Federal e Estadual confirma 21 mortes entre sexta-feira e segunda. Número é menor que o registrado no recesso de 12 de outubro, mas ainda é alto
Daniel Antunes e Pedro Ferreira
FINADOS
Os acidentes nas estradas federais e estaduais em Minas Gerais mataram menos nesse feriado prolongado de Finados do que no recesso de 12 de Outubro. Entre a noite de sexta-feira e a meia-noite de segunda, 21 pessoas perderam a vida e 388 ficaram feridas em 446 acidentes registrados nas MGs e BRs que cortam o estado. A maioria das mortes (15) ocorreu na malha viária da União. Na malha estadual, foram seis vidas perdidas em 193 acidentes, que deixaram ainda 243 feridos. No 12 de outubro, foram 36 mortes.
A redução no número de acidentes e mortes não indica que o motorista foi mais prudente. Segundo o inspetor Aristides Júnior, chefe de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve uma redução no fluxo de veículos nesse feriado em relação ao 12 de outubro. “No feriado passado também choveu mais, o que pode ter contribuído para acidentes. As tragédias provocadas por falha humana não diminuíram. Continuam as ultrapassagens em locais proibidos e o excesso de velocidade”, analisou Aristides Júnior. Ainda de acordo com ele, o feriado de Finados, no ano passado, caiu num domingo e, por isso, não há como fazer comparação com a data deste ano.
As rodovias 365 e 040 lideraram o ranking das tragédias, com quatro mortes cada uma. Na BR-381, foi registrada uma morte por atropelamento, próximo à cidade de Santana do Paraíso, no Vale do Aço.
Mesmo depois de terminado o recesso, a violência continuou nas estradas mineiras. Ontem pela manhã, duas pessoas morreram em um grave acidente, às 7h20, no km 446 da BR-381, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Fiat Uno placa HAR 6610, dirigido pelo vendedor Rhanderson Luiz da Silva, de 31 anos, trafegava no sentido Belo Horizonte e rodou diversas vezes numa curva, atingindo a contramão. O carro dele bateu na lateral do VW Fox placa HIR 1550, de Betim, e, em seguida, a lateral direita do Uno atingiu violentamente a frente do Fiat Punto placa HKT 1011, que, assim como o Fox, seguia no sentido Vale do Aço.
Rhanderson e o passageiro que seguia com ele e que não foi identificado, morreram na hora. O motorista do Punto, o representante comercial Jorge Simões, de 50, ficou gravemente ferido, com fraturas nas costelas e em uma das pernas, sendo socorrido no Hospital Risoleta Neves, na capital. A motorista do Fox, a engenheira de segurança Letícia da Silva Melo, de 32, não teve nada. O trânsito no local ficou lento, com apenas uma pista liberada para os veículos. Houve vazamento de óleo no asfalto, que ficou escorregadio, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) jogou serragem para evitar novos acidentes.
O inspetor Tarcísio Teixeira, da PRF, disse que havia chovido e que, provavelmente o Uno estava em velocidade superior à permitida. “Todo cuidado é pouco quando se trata de dirigir com a pista molhada, mas, em se tratando da BR-381, esse cuidado deve ser redobrado”, disse o policial. No local do acidente, segundo ele, a curva é mal projetada e joga os veículos para a pista contrária.
Também ontem, no fim da tarde, uma adolescente de 17 anos morreu e outras três pessoas ficaram feridas depois que o carro em que estavam caiu em um abismo no KM 9 da MG-435, em Caeté, Grande BH.
Outra rodovia que historicamente é palco de tragédias, a BR- 116, desta vez só teve uma morte registrada no feriado. “Percebemos uma mudança no perfil dos motoristas que passaram a se preocupar mais com as estradas perigosas como a 381, que ganhou até o apelido de rodovia da morte. Por outro lado, rodovias até então tranqüilas como a 365 assumiram um papel de estradas violentas nesse recesso”, comentou Aristides Júnior.
No país, segundo balanço da PRF, foram 1.901 acidentes, 1.170 feridos e 93 mortes nas rodovias federais. São cinco mortes a mais do que no feriado de 12 de outubro e quatro a menos do que no da Independência. Minas Gerais reduziu todos os índices, mas ainda assim lidera o ranking em números absolutos, com 253 acidentes, 15 mortes e 145 feridos nas BRs. Em seguida, os estados com mais óbitos são Bahia e Paraná (nove); Rio Grande do Sul e Pernambuco (oito); Rio de Janeiro (seis); Santa Catarina (seis); Goiás (seis); e Maranhão (quatro).
Sou filho do motorista do Punto, Jorge Simões. Ele quebrou duas costelas, o nariz e o punho, mas graças a Deus já está bem. Deixo aqui meus sentimentos pelos ocupantes do Uno. Duplicação JÁ!
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