Bell Silva - Professores da rede estadual de ensino, em greve há mais de um mês, fizeram um protesto na tarde desta terça-feira,12, em João Monlevade. A manifestação teve início das 14hs, com uma concentração em frente ao Supermercado Fraga, no Bairro Cruzeiro Celeste. Em seguida os manifestantes vindos das cidades de Itabira, Nova Era, São Domingos do Prata, Santa Bárbara e até da cidade de Ipatinga, no Vale do Aço, caminharam cerca de 300 metros pela BR-381 até o trevo de acesso ao centro da cidade no km 357.
No trevo permaneceram por 50 minutos, tempo de duração de uma aula nas escolas estaduais, segundo a professora Rosangela da Penha Nascimento Veiga, que também é diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Uti), em João Monlevade.
Ela informou ainda que a categoria se organizou para que no mesmo horário, outras rodovias do Estado fossem fechadas, pelo mesmo período e horário como forma de protesto por reajuste salarial.
Após a manifestação na BR-381, os professores seguiram até a Escola Estadual Manuel Loureiro, no Cruzeiro Celeste para tentarem sensibilizar os colegas professores daquela escola que não aderiram à greve, para que eles também paralisassem os trabalhos.
Segundo Rosangela da Penha, a imprensa não foi comunicada do movimento para que não “vazasse”, assim não seriam impedidos pela polícia.
Até mesmo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Monlevade, foi pega de surpresa. Os policiais tentarem liberar a pista, mas por estarem com um efetivo pequeno não conseguiram.
Os professores reivindicam o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$ 1597,87, para uma jornada de 24 horas. De acordo com diretora do Sind-Uti em Monlevade, Minas Gerais paga hoje o piso de R$ 369, que, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), é considerado o pior dos 27 estados brasileiros.
Ela apresentou a sua última folha de pagamento confirmando o baixo salário.
Nesta quarta-feira as 9h da manhã, segundo a diretora Rosangela, manifestantes de João Monlevade irão até a Assembléia Legislativa de Minas para protestarem e realizarem um novo manifesto em local que segundo ela, não poderia revelar para não atrapalhar o movimento.
Fonte: Blog Popular
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