domingo, 24 de julho de 2011

Falta de ambulância pode por fim a grupo de resgate voluntário

Gave/Nova Era

23/07/2011 08h23
Rodrigo Andrade

Gave/Nova EraÁrea de transferência01Equipe luta para não fechar por causa de falta de ambulância

Um serviço que tanto tem ajudado a salvar vidas nas BRs e em outros tipos de acidentes corre o sério risco de acabar por falta de apoio. O Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave), de Nova Era, precisa, com urgência, de uma ambulância própria. Os veículos que a equipe usa hoje são divididos com a Prefeitura nova-erense, o que tem feito com que os agentes cheguem atrasados às ocorrências. Algumas, inclusive, foram perdidas.

O Gave foi fundado em 2006 e começou suas atividades em 2007. Por dois anos, segundo o coordenador do grupo, Bráulio Perdigão, eles tiveram um convênio com a Prefeitura de Nova Era e puderam ter uma ambulância exclusiva. Os voluntários eram responsáveis pela manutenção e podiam usá-la como quiser. No entanto, em 2009, o acordo não foi renovado sob o argumento do Executivo de que o grupo não tinha as documentações necessárias.

Bráulio afirma que o grupo não tem problemas no estoque de materiais ou de equipe, mas apenas depende de uma nova ambulância. Atualmente, são 28 voluntários, entre médicos, enfermeiros, técnicos e socorristas.“Corre o risco de acabar porque a gente acaba sendo responsabilizado e criticado pelos solicitantes por causa da demora. Mesmo a culpa não sendo nossa”, lamenta o coordenador do Gave.

O voluntário comenta que a equipe que vai para o resgate agora depende de disponibilidade de ambulâncias do município. “Tem hora que está disponível, tem hora que não está”, diz Bráulio. Outro problema é que o veículo que porventura está liberado para ser usado nem sempre é o ideal para a ocorrência a ser atendida. “A ambulância pequena mal cabe a gente”, exemplifica. “Perdemos poucos acidentes, mas em muitos que a gente chegava rápido passamos a demorar até meia hora a mais”, completa o coordenador.

Bráulio diz que o grupo tenta soluções para não parar as atividades. Uma das alternativas é tentar a doação junto ao Governo do Estado. Para isso, eles contam com a intercessão do prefeito de São Domingos do Prata, Fernando Rolla (PTB), que é o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Piracicaba (Cismepi). As documentações já foram enviadas a Belo Horizonte, mas ainda não há uma previsão de quando ou até mesmo se o grupo será contemplado.

Atuação

O Gave atua nas cidades de Nova Era, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, São Domingos do Prata e Dionísio. Nesses anos de atividade, o grupo calcula que já esteve em 932 ocorrências, sendo dois terços dos atendimentos nas BRs 381 e 262 e nas MGs, especialmente a 120, que liga Itabira a Nova Era. O restante são ocorrências clínicas dentro da cidade onde o grupo tem a sede.

Fonte: DeFato Online

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