Grupo de resgate voluntário pode acabar por falta de ambulância

Divulgação  Grupo de resgate voluntário de Nova Era não conseguiu chegar a ocorrências por falta de ambulância, já que dividem o uso de uma com a Prefeitura

O Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave), de Nova Era, corre o risco de acabar por falta de apoio. É que o grupo precisa, com urgência, de uma ambulância própria. Atualmente, os veículos que a equipe utiliza são divididos com a Prefeitura Municipal. Isso tem feito com que os agentes cheguem atrasados às ocorrências. Em outras, o Gave não teve como chegar por falta do veículo. Fundado em 2006, o grupo iniciou as atividades um ano depois. Segundo Bráulio Perdigão, coordenador do Gave, por dois anos eles tiveram um convênio com a Prefeitura de Nova Era e puderam ter uma ambulância exclusiva. Mas em 2009 a parceria não foi renovada sob o argumento do Executivo de que o grupo não tinha documentação necessária. Bráulio diz que a equipe não tem problemas no estoque de materiais ou de pessoal. Hoje, o Gave conta com 28 voluntários entre médicos, enfermeiros, técnicos e socorristas. “Corre o risco de acabar porque acabamos sendo responsabilizados e criticados pelos solicitantes por causa da demora no atendimento, mesmo a culpa não sendo nossa”, lamenta. A equipe que atua no resgate depende da disponibilidade de ambulâncias do município. Outro problema é que o veículo que por acaso esteja liberado para ser usado nem sempre é o ideal para a ocorrência a ser atendida. “A ambulância pequena mal cabe a gente. Perdemos poucos acidentes, mas em muitos que a gente chegava rápido passamos a demorar até meia hora a mais”, comenta Bráulio. O coordenador afirma, ainda, que o grupo busca alternativas para não parar as atividades.

Uma das soluções é tentar a doação de uma ambulância junto ao Governo do Estado. Para isso, o Gave conta com o intermédio do prefeito de São Domingos do Prata, Fernando Rolla (PTB), que é presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Piracicaba (Cismepi). As documentações já foram enviadas a Belo Horizonte, mas ainda não há previsão de quando ou até mesmo se o grupo será contemplado.

Atuação

O Gave atua nas cidades de Nova Era, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, São Domingos do Prata e Dionísio. Durante esses quatro anos, o grupo já esteve em 932 ocorrências, sendo dois terços dos atendimentos nas BRs 381 e 262 e nas MGs, especialmente a 120, que liga Itabira a Nova Era. O restante são ocorrências clínicas dentro da cidade onde o grupo mantém sua sede. (Com informações da DeFato Online)

Fonte: Jornal A Notícia