quarta-feira, 13 de junho de 2012

BR-381 - Falta de duplicação e conservação causam transtornos para quem transita na rodovia

Publicado em 13/06/2012 - 09:39:15

Só quem depende da BR-381 sabe das dificuldades e riscos que esta rodovia impõem aos motoristas

Uma das indústrias em Timóteo produz peças de estrutura metálica e caldeiraria para várias cidades do país. Por dia, cerca 10 viagens são feitas para o transporte da produção. A maioria pela BR-381. E fazer as encomendas chegar aos destinos não é nada fácil. A situação da rodovia gera prejuízos à empresa.

Além disso, um viaduto na BR-381 impede que carretas com cargas altas e pesadas passem no local.

Uma parte da estrutura foi demolida no ano passado. Mas, o problema do transporte de cargas continua.

Para o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Luciano Araújo, a duplicação da rodovia iria contribuir para a competitividade das indústrias do Vale do Aço e assim, gerar o desenvolvimento da região.

O tráfego na BR-381 é intenso. Cerca de 500 caminhões passam por dia pela rodovia, segundo uma pesquisa do Instituto Cidades. O percurso é enfrentado por Aédeo Alcamand há trinta anos. O caminhoneiro gasta em média, quatro horas de viagem de Ipatinga até Belo Horizonte. A pista simples da rodovia costuma atrasar o trajeto.

Seja por estrutura ruim ou imprudência, o fato é que o trecho conhecido como rodovia da morte é o que mais mata no país. Um dos acidentes foi em outubro do ano passado, quando duas pessoas morreram perto de Antônio Dias. O carro que tinha cinco pessoas caiu numa ribanceira, perto de uma curva, com mais de 150 metros de altura.

O DNIT, Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes, informou que o projeto de duplicação da BR-381 vai ser licitado nas próximas semanas. Além da duplicação de 310 km da rodovia, está prevista a retirada de curvas perigosas. Mas, não há data prevista para o término das licitações, tão pouco para o início das obras. Essa demora gera transtorno também em Governador Valadares.
Na cidade, a falta da duplicação da BR-381 também gera prejuízos. Principalmente pra os donos de transportadoras. Um atraso na entrega de carga é bem comum.

Guilherme Giesbrecht é dono de uma frota de oito veículos que fazem transporte de pequenos volumes em todo o estado e todos os dias. Sempre ouve reclamações de clientes. Mas a culpa, segundo ele, é dos congestionamentos na rodovia, provocados pela limitação do tráfego. Ele diz ainda que já teve carga roubada e que a duplicação talvez evitaria esse tipo de transtorno.

Uma pesquisa também considerou o número de acidentes na BR. Foram 615 de janeiro até abril deste ano de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.

Isso no trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte. 53 pessoas morreram. A estatística não inclui o imprevisto de uma viagem, como por exemplo a da dona de casa Nilza Ferreira, mês passado. Ela seguia num ônibus pra Naque e que, perto de Periquito, capotou depois de desviar de um veículo que tinha entrado na contramão pra fazer uma ultrapassagem em local proibido. Nilza era uma das 15 pessoas que estavam no coletivo. Quebrou a bacia e o joelho direito. Para ela, a reforma e ampliação são necessárias. Mas quem usa a rodovia também precisa contribuir.

Segundo o DNIT, o projeto não prevê a duplicação do trecho de Belo Horizonte à Governador Valadares na sua totalidade. Somente alguns pontos serão de pista dupla, outros apenas terceira faixa. Nossa produção questionou quais seriam estes trechos mas o departamento não teve como informar neste momento.

Fonte: Intertv Online

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