sexta-feira, 8 de julho de 2011
João Monlevade –
O escândalo financeiro envolvendo o Ministério dos Transportes seguido da demissão do titular da pasta, Alfredo Nascimento, deixou a vereadora Dorinha Machado (PMDB) visivelmente, irritada, na noite desta quarta-feira, 6. Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal, a parlamentar perdeu o controle e usou termos como "quadrilha", "cambada de ladrão" atribuindo ao Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e ao Ministério dos Transportes.
Essa semana, denúncias de superfaturamento e cobrança de propinas que envolvem membros do Ministério dos Transportes culminou com exoneração do titular da pasta, Alfredo Nascimento, além de uma série de demissões seguidas da suspensão de todos os procedimentos licitatórios de projetos, obras e serviços de engenharia em curso, bem como de aditivos com impacto financeiro, pelo prazo de 30 dias.
A medida vai gerar atrasos no andamento das obras de duplicação da BR 381. O escândalo também vai adiar uma visita da presidente Dilma Roussef (PT) em Minas Gerais. Ela participaria da abertura de um processo licitatório para obras de duplicação da "Rodovia da Morte". A publicação do edital de concorrência para os lotes 7 e 8 da duplicação BR 381 estava prevista para a primeira quinzena deste mês. Estariam incluídos nessa fase os 70 quilômetros de Belo Horizonte até São Gonçalo do Rio Abaixo. A expectativa era de que as obras começassem entre agosto e setembro, mas, com a queda do ex-ministro dos Transportes, tudo deve atrasar, por período indeterminado.
A Presidente da Comissão Parlamentar pela Duplicação da BR-381, Dorinha Machado, lamentou a situação e informou ter encaminhado ofício à presidente Dilma solicitando demissão em massa no Dnit e Ministério dos Transportes além da abertura de CPI. "Cambada de ladrão e de quadrilha", criticou Dorinha. O presidente da Câmara, Pastor Carlinhos (PV), também lamentou o escândalo e classificou a notícia como vergonhosa. Na opinião do pevista os projetos para duplicação da 381 correm risco de serem arquivados.
Fonte: Jornal Bom Dia
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