domingo, 13 de março de 2011

BR-381 - Apenas maquiagem - Estado de Minas

Thobias Almeida

Beto Magalhães/EM/D.A Press20110312200017655Radares tentam obrigar motoristas a reduzir a velocidade

Enquanto a duplicação da BR-381 não sai do papel, medidas paliativas são adotadas para amenizar a rotina de tragédias que diariamente mancham de sangue o asfalto da rodovia. Ontem, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trasnportes (Dnit) instalou o segundo radar no trecho de 108 quilômetros entre Belo Horizonte e João Monlevade, na Região Central de Minas, que ganhou a triste alcunha de Rodovia da Morte. O equipamento foi montado no km 430 da BR, próximo ao trevo de Caeté, na Região Metropolitana de BH.

Devido ao trabalho dos técnicos da autarquia, durante mais de cinco horas o tráfego no local operou com alternância entre os dois sentidos da rodovia, o que exigiu paciência dos motoristas. O Dnit garante que até 11 de abril 24 aparelhos serão colocados nesse percurso, que tem a velocidade limitada a 80 km/h. Serão cinco lombadas eletrônicas e 19 pardais. A instalação dos aparelhos começou em fevereiro.

Os equipamentos de controle de velocidade são fruto do Programa de Sinalização de Rodovias (Prosinal), criado pelo DNIT em 2006 e que abrange BRs de todo o país. No lote em que está inserida a BR-381, o valor investido é de R$ 89 milhões. Outras estradas que passam por Minas Gerais, sob responsabilidade do governo federal, também receberão os controladores de velocidade.

Os radares são muito bem-vindos no trecho entre BH e João Monlevade, marcado pelo excessivo número de curvas fechadas, pelas pistas de rolamento estreitas e pelo grande movimento de veículos de passeio, de carga e de ônibus. Em 2010, 334 pessoas perderam a vida em toda a extensão da rodovia, o que garantiu à BR o indesejado primeiro lugar no ranking nacional de mortes em estradas federais.
O Prosinal promoveu até agora a sinalização de 70,8 mil quilômetros de rodovias. Os contratos atuais, que irão vigorar até julho, serão renovados por uma nova licitação já em andamento, informa o Dnit. Desde 2006, o Prosinal investiu R$ 575 milhões.

Fonte: Estado de Minas

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