terça-feira, 22 de março de 2011

Campanhas, políticas, publicidade e afins: a sina da BR-381 - Jornal A Notícia

Falar sobre a BR-381 e sua tão sonhada obra de duplicação é mais que redundante. Enumerar nomes das pessoas vítimas da carnificina nessa estrada é gastar muitas folhas de papel e muita tinta. Dizer que a estrada é perigosa e que grande parte dos acidentes ocorre em razão da imprudência dos motoristas seria usar o pleonasmo. Assim como afirmar que esses motoristas precisam ser conscientizados. Mas, entre tanta obviedade, há um fato novo nessa guerra política: algumas pessoas começam a ganhar dinheiro com a desgraça alheia. Lógico que isso não é novidade para ninguém, mesmo porque em se tratando de Brasil, de nossos políticos e do diabo a quatro, usar de meios escusos para faturar um a mais não é nenhuma novidade. Nada de inédito. Mas, em se tratando da BR-381, principalmente no trecho entre Monlevade a Belo Horizonte, o céu não é o limite, mas sim o inferno. Desculpem aos leitores se for mal interpretado, mas tenho acompanhado campanhas recentes pela duplicação dessa assassina rodovia e, com olhar crítico, observo que algumas delas têm, além do caráter de sensibilizar autoridades políticas a executar a obra, outro objetivo, que é o de faturar em cima do descaso com que é tratada a situação. Para um bom entendedor, basta um pingo para se entender como letra. E isso é lamentável, porque vidas são ceifadas prematuramente (por culpa da estrada e dos motoristas) há anos sem nenhuma ação governamental e agora surgem “guardiões” de todos os cantos exigindo a duplicação-já da 381. E eu me pergunto: quais são os interesses reais de algumas campanhas? Promover um mutirão pela execução da obra ou faturar em cima de sua não realização?

Os tambores que provocam tanto atraso nos feriados

Desculpem a minha ignorância, mas eu e mais um grande número de pessoas que trafegamos pela BR-381, no trecho entre Monlevade a BH, gostaríamos de entender o motivo pelo qual a Polícia Rodoviária Federal instala aqueles tambores e cones no posto localizado na chegada à capital mineira, desviando o trânsito para uma via paralela. O transtorno causado com essa medida é mais explícito em época de feriado prolongado, já que os motoristas são obrigados a reduzir a velocidade e a lentidão já começa a ser registrada próximo ao trevo de acesso a Caeté. Mas, durante a volta para casa nessa terça-feira gorda de carnaval, o engavetamento chegou a mais de 50 quilômetros até Belo Horizonte, tendo se iniciado em Nova União. E quais medidas podem ser tomadas? Aqui mesmo em Monlevade não há cones ou outros objetos no posto da Polícia Federal retardando o tráfego de veículos, porque é um processo natural os motoristas reduzirem a velocidade quando passam por um posto da PRF. Trânsito lento não é sinônimo de segurança, pois é nesse momento que os motoristas imprudentes se aproveitam para fazer as maiores loucuras na estrada, sendo mais comum a ultrapassagem pela pista da direita. E muito raro encontra-se policiais para punir esses maus condutores. Como usuário assíduo dessa rodovia, tenho o direito de reivindicar.

Fonte: Jornal A Notícia

Um comentário:

  1. Essa questão dos tambores é atestado de burrice.

    Qualquer idiota vê o despropósito disso. Só serve para causar mais engarrafamento. Por que será que as autoridades que deveriam trabalhar para o bem comum só fazem atrapalhar?

    O que os tais tambores que obrigam todos os veículos a fazer um desvio à direita em frene ao posto policial da PRF de Santa Luzia contriuem para a segurançã ou fluidez do transito?

    Por inúmeras vezes que venho pela BR-381 de Caeté para BH pego congestionamentos que começam já na descida da Serra, coisa de 10 km ou mais... penso será algum acidente? algum evento extraordinário? Não... são apenas os tambores do posto policial...

    Por que não experimentam retirar os tambores só para ver o que aconte?

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