quinta-feira, 29 de março de 2012

De 500 a 63 mil veículos

O PAÍS DO ATRASO

Publicação: 27/03/2012 04:00

O trecho da BR-381 que recebeu o apelido do Rodovia da Morte, entre BH e Governador Valadares, foi construído com base em um caminho usado por tropeiros para transporte de burros de cargas que viajavam da capital até João Monlevade. Ganhou asfalto na década de 1950 com previsão inicial para atender um fluxo médio de 500 veículos por dia. Hoje, o número ultrapassa em mais de 120 vezes o limite original, chegando a 63 mil carros por dia em alguns trechos da via. A defasagem estrutural é ilustrada com os números que se repetem todos os anos. Em 2009, a rodovia registrou 9.614 acidentes, com 280 mortes, e as estatísticas pioraram no ano seguinte, com 9.890 acidentes, que resultaram em 334 mortes – número que representou 25% das mortes em estradas mineiras durante 2010.

Em janeiro, o ex-diretor-geral do Dnit – demitido durante o escândalo de superfaturamento de obras geridas pelo Ministério do Transporte – afirmou que a duplicação da via começaria em agosto de 2011, porém a promessa ficou longe da realidade e o edital entrou na lista dos congelados pela pasta. A promessa foi lembrada por moradores vizinhos da rodovia, entidades civis e até artistas, que se mobilizaram para reivindicar melhorias na via. Já com a nova diretoria à frente do órgão, foi divulgado um novo cronograma que previa até dezembro o lançamento das licitações para dois lotes da duplicação, em um trecho de 70 quilômetros que seria inteiramente reformulado e teria várias curvas eliminadas. Três meses depois, o ministério não divulga qualquer informação sobre a obra e não tem previsão de quando serão lançadas as licitações. (MF)

Fonte: Estado de Minas

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