Atualizado em segunda-feira, 26 de março de 2012 - 11h41
Dnit afirmou, em julho do ano passado, que a rodovia passaria por várias intervenções em 2011
Do Metro BH noticias@band.com.br
A BR-381, mais conhecida como rodovia da morte, está com suas obras de recuperação atrasadas há quase oito meses. No dia 29 de julho do ano passado, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) informou que a reestruturação da rodovia, no trecho entre Belo Horizonte e São Gonçalo do Rio Abaixo, seria iniciada no segundo semestre de 2011. Entretanto, por motivos burocráticos, a perigosa via continua da mesma forma: mortes, acidentes e nenhuma alteração estrutural.
De acordo com o Alexandre Oliveira, engenheiro supervisor do Dnit, as intervenções ainda não se iniciaram devido à falta de aprovação do projeto. “Realmente está atrasado. Acredito que até julho deste ano o projeto será finalizado. A partir daí, damos início novamente ao processo licitatório. É complexo mesmo”, afirma. O órgão não soube informar o motivo do projeto ter sido barrado no ano passado.
Em 2011, o Dnit disse que o edital de licitação já estava lançado e a previsão era de que os 70 quilômetros entre as cidades seriam reformados.
Aclives e declives seriam reduzidos e curvas iriam ser eliminadas em alguns pontos. Em outros, o raio de curvatura seria ampliado para 230 metros. Hoje, esse raio é de 100 metros. Mas nada disso aconteceu. Mais uma vez a burocracia emperrou a obra e a rodovia da morte segue como o principal palco de tragédias nas estradas de todo o país.
Na opinião de Osias Batista Neto, consultor em transporte e trânsito, a falta de obras de duplicação é um dos causadores das 121 mortes registradas no ano passado no trecho. “A mistura velocidade incompatível e precariedade na rodovia resulta em muitas mortes todos os anos. O processo de duplicação é uma novela que se arrasta há mais de 20 anos e acho que continuará assim por muito tempo”, avalia.
Fonte: Band.com.br
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