quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MP usa dois pesos e duas medidas para acusar a parte mais fraca no caso do acidente no Anel Rodoviário de BH...

Se o rigor da lei fosse aplicado contra agentes públicos que cometem prevaricação, omissão e negligencia, no assunto do Anel Rodoviário de BH, como ele está sendo aplicado a quem é vítima e não réu, possivelmente não teria acontecido 5 acidentes iguais, que culminaram em mortes de inocente e acusações injustas aos que estão do lado mais fraco.

 

A maioria dos motoristas que se envolvem em acidentes no Anel estão muito mais para vítimas do que para réus, como propõe o MP. São vítimas na verdade, da incompetência de agentes públicos que não cumprem suas obrigações e da mídia que enxerga os fatos na superficialidade, permitindo que as verdadeiras causas de acidentes continue sendo negligenciadas pelo DNIT e pelo governo federal (Ministério dos Transportes)

 

No último episódio em especial, quando 5 pessoas morreram, querem pegar para cristo o motorista do caminhão, que não conseguiu parar sua carreta a tempo de evitar a tragédia. No entanto as evidências estão ai para explicar a razão principal da tragédia. Foi o estreitamento de pista que provocou interrupção de trafego onde isso é proibido e inadmissível, que causou aquele acidente, e não a velocidade, como querem.

 

A 96KM/h, que era a velocidade máxima permitida, (80km/h que a sinalização permitia no dia + 20% que o código de trânsito prevê) ou a 115km/h que era a velocidade real, segundo laudo (questionável) da polícia técnica, aquele acidente não poderia ter sido evitado. Não se para veículos em pistas de auto fluxo que recebem 130 mil veículos dia, especialmente no final de uma descida onde o fluxo de caminhões é intenso.

 

O MP, a mídia e a polícia esquecem que o Anel é uma auto pista com alto fluxo de caminhões pesados e a interrupção de trafego em qualquer trecho dele é um risco que quase sempre provoca acidentes fatais. Em 2 anos, foram 5, no mesmo local e pelo mesmo motivo, envolvendo Caminhoneiros que não conheciam a via. O uso da lógica e do bom senso são suficientes para apontar os verdadeiros culpados por essa carnificina que não cessa no ANEL DA MORTE, que são o DNIT e o Ministério dos Transportes.

 

José Aparecido Ribeiro

Especialista em trânsito e assuntos urbanos

ONG SOS Rodovias Federais

CRA MG 0094-94

31 9953 7945

 

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