terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O olhar infantil continua no Anel Rodoviário de BH...

A sociedade permanece com um olhar infantil para os problemas do Anel Rodoviário de BH . Salvo raras exceções, a maioria enxerga os episódios e esquece o fenômeno, inclusive parte da imprensa que continua acreditando que velocidade é a causa de tudo . Acaba contribuindo para piorar o que parece o fim do poço quando transfere para quem é vitima, as responsabilidades dos acidentes. Nenhum motorista de carreta em sã consciência vai arrastar 12 veículos e matar 5 inocentes sem que haja algum problema serio no seu veiculo ou na via.

 

O problema se repete diariamente na descida de 8 km entre o Olhos D’água e o bairro Betânia, trecho que tem quase 20% de inclinação, quando o recomendável é no máximo 8%. Perda de freios naquele local é mais comum do que se possa imaginar e acontece quase todos os dias sem que ninguém fique sabendo. Na descida a velocidade máxima permitida para caminhões é de 80km, e 110km para carros pequenos. Para o segundo os limites estão adequados, já para o primeiro os limites estão fora dos padrões de segurança, pois é impossível frear um caminhão com 40 toneladas na traseira em um espaço menor do que 200 metros, isso quando os freios não foram “fritados” anteriormente, transformando os carros pequenos em latinhas de cerveja no asfalto.

 

A velocidade máxima permitida até que se resolva a reforma do Anel, no trecho entre o Olhos D’água e o Bairro Betânia, não pode ser maior que 50Km para caminhões carregados. No entanto o mais importante e causa principal das tragédias é a eliminação urgente dos gargalos que provocam engarrafamentos, em especial na passagem de nível do Bairro Industrial, onde as pistas são estreitas provocando engarrafamento nos horário de pico... A imprensa tem cobrado do governo, mas não dá nome aos bois, cujo a responsabilidade é explicita.

 

Os responsáveis tem nomes e não adianta omiti-los, sob pena do assunto se perder como vem acontecendo ha décadas. O primeiro é de Minas gerais e tem a caneta e o poder, chama-se DILMA ROUSEFF, conhece o tema e poderia ter resolvido ele nos 8 anos que esteve à frente da casa civil. Preferiu transformá-lo em bandeira de campanha. Pois bem, ela ganhou e agora precisa ser cobrada com a urgência que o assunto exige. O segundo chama-se ALFREDO NASCIMENTO, (MINISTRO DOS TRANSPORTES) que é do Amazonas, está há 4 anos no governo e nunca esteve em MG para ver o que se passa aqui e nem nas Rodovias Federais que são campeãs de acidentes. Trata do assunto através de seu assessores e ao que parece, esta se lixando, disse no dia da sua posse em alto e bom tom que suas prioridade são as hidrovias do seu Estado, o Amazonas.

 

O terceiro é um conjunto de representantes que se dizem preocupados com os assuntos de Minas em Brasilia, mas não se movem. São todos os políticos que ocupam cargos no legislativo ou no executivo e que deveriam ser mais incisivos, além do Governador do Estado e o Prefeito de BH que tem acesso a Presidência da Republica e Ministério dos Transportes. Enquanto um deles ou seus familiares não forem vítimas deste absurdo, pouco ou nada podemos esperar, já que a maioria parece estar mesmo preocupados è com o próprio umbigo. Fica uma pergunta: O que pode ser mais importante para um político do que um tema dessa relevância?

 

José Aparecido Ribeiro

Especialista em trânsito e assuntos urbanos

ONG SOS Rodovias Federais – BH -MG

31 9953 7945

CRA MG 0094 94

 

Um comentário:

  1. Pois é meu caro..., realmente dar nome aos bois é um problema. Ninguem se manifesta quanto a isto.

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