Todas as vezes que o DNIT e as autoridades de transito são convidados para apresentar soluções emergenciais para o Anel, eles aparecem com a via paliativa dos radares, como se radares fossem suficientes para desacelerar caminhões sem freio em uma descida com rampa de quase 20% de inclinação, quando o recomendável são 8% no máximo. Radares também não evitam engarrafamentos em uma AUTO PISTA que não deveria ter interrupção de tráfego.
Querem transferir para o motorista as responsabilidades do problema, quando este é sempre vítima. As “soluções” apresentadas são meros remedos e paliativos que não irão resolver o problema, apenas postergá-lo, até que outras tragédias aconteçam.
No episódio em questão, a única solução capaz de evitar novas tragédias é a eliminação dos gargalos do Bairro Industrial, na passagem de nível e no viaduto logo à frente, que estreitam a pista causando engarrafamentos nos horários de pico. O resto é firulas para inglês ver, incompetência que neste caso acaba beneficiando os oportunistas que vivem da “Indústria da multa”.
Convido qualquer pessoa de bom senso para dirigir os 26,5 km do Anel a 70km/h para sentir na pele o absurdo do proposto. Se não bastasse, o problema da descida de 8 km não pode ser transferido para o restante dos 19 km da via, pois cada trecho tem suas peculiaridades. Todas em comum, apenas os gargalos que só serão eliminados com obras definitivas.
José Aparecido Ribeiro
Especialista em Transito e Assuntos Urbanos
ONG SOS Rodovias Federais
Belo Horizonte - MG
31 9953 7945 - CRA MG 0094 94
Perfeito! Basta acontecer um acidente de repercussão que aparece a solução de "baixar as velocidades com radares".
ResponderExcluirSe já estamos com 70 km/h, querem baixar pra 50!!! Absurdo total. Não se dirige a 50 nem em avenidas do centro!! Continuando nesse ritmo daqui há 2 anos a velocidade máxima será de 20 km/h.
Colocar a culpa na velocidade é pretexto para o que não tem desculpa: o abandono total do DNIT que não destina verbas para obras há muito necessárias.