Quanta insensatez revelada no episódio do Anel Rodoviário por quem deveria agir com a razão, encontrando soluções para um problema que é gravíssimo e vai se repetir em breve.
Primeiro a Justiça mantém prezo um inocente, que também é vítima da prevaricação, desídia, negligência e omissão do poder público federal, neste ato representado pelo Ministro Alfredo Nascimento, que ocupa a cadeira máxima no Ministério dos Transportes. Como acusar alguém que não conhece aquela via e suas armadilhas, de passar por cima de 15 veículos e matar 5 inocentes? É óbvio que ninguém em sã consciência faria isso, se não por falha mecânica, que é o mais provável ou por que a via foi construída com defeitos que contribuem para que os acidentes se repitam no mesmo endereço sucessivas vezes.
A justiça precisava dar uma resposta para a sociedade, pegou a parte mais fraca e indefesa, quando deveria exigir atitudes que resolvessem o fenômeno e não o episódio. Convido a Juíza e os Promotores do caso, bem como a Delegada da Polícia Civil e os Jornalistas para uma experiência na boléia de um caminhão carregado com 40 toneladas na traseira, para sentirem na pele o que é freá-lo no final de uma descida de 8km, tendo à frente um engarrafamento que não deveria existir. Aí sim poderão tirar conclusões e ao invés de condenarem o motorista, chamarão à responsabilidade as autoridades que deveriam tomar providencias e estão sempre empurrando o assunto com a barriga.
Segundo. Essas autoridades, (MT-Ministério dos Transportes, DNIT, PMMG-Batalhão de Transito, PRF-Policia Rodoviária Federal e PBH-Prefeitura de BH) todas as vezes que são pressionados pela opinião publica para apresentarem soluções emergenciais para o Anel, aparecem com radares, como se radares fossem suficientes para desacelerar caminhões sem freio em uma descida com rampa de quase 20% de inclinação, quando o recomendável são 8% no máximo. Radares também não evitam engarrafamentos em uma AUTO PISTA que não pode ter interrupção de tráfego. As “soluções” são meros remedos e paliativos que não irão resolver o problema, apenas postergá-lo, até que outra tragédia aconteça.
No episódio em questão, a única solução capaz de evitar novas tragédias é a eliminação dos gargalos do Bairro Industrial, na passagem de nível e no viaduto logo à frente, que estreitam a pista causando engarrafamentos nos horários de pico. O resto é firulas para inglês ver, covardia com um pobre coitado que está sendo crucificado injustamente e total desconhecimento de causa...
José Aparecido Ribeiro
Especialista em Transito e Assuntos Urbanos
ONG SOS Rodovias Federais
Belo Horizonte - MG
31 9953 7945 - CRA MG 0094 94
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