A duplicação da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, se transformou em uma das principais reivindicações da atual campanha eleitoral e já virou promessa de todos os candidatos. Eles tentam atender ao clamor popular: é a obra mais urgente hoje em Minas Gerais, ao lado do metrô de Belo Horizonte.
Como este HOJE EM DIA registrou em reportagem sobre um dia na rodovia da morte, a pista sinuosa, traiçoeira e estreita, tem um trânsito excessivo de caminhões de todos os tipos e abuso de velocidade. Os abusos não têm justificativa. Cabe à Polícia Rodoviária Federal fiscalizar, multar e retirar da rodovia os motoristas infratores.
A ultrapassagem proibida é outro mal espalhado por todo o país, não só na BR-381. Com o excesso de caminhões, muitas das vezes o motorista perde a paciência. Não se lembra daquele ditado popular, de para-choque de caminhão: “Mais vale perder um minuto na vida do que a vida em um minuto”.
Infelizmente, nossos motoristas insistem em ultrapassar nos locais proibidos, insistem nas ultrapassagens perigosas, em que pese as estatísticas de acidentes nas estradas.
Insistem também em consumir bebida alcoólica e dirigir nas rodovias, em tomar drogas para ficar acordado, querendo driblar o tempo e a fatalidade. Não são todos, não se trata de uma cultura do brasileiro. São os motoristas despreparados, que deveriam sofrer uma punição mais severa, tanto no valor da multa quanto na área criminal. A legislação brasileira é muito leve neste sentido, muito complacente.
A opinião pública exige, porém, a duplicação de Belo Horizonte a Governador Valadares, orçada em R$ 2,5 bilhões. Esta obra passou pelo PAC-1, pelo PAC-2, e não se sabe exatamente onde está, pois sequer estão prontos os projetos executivos, passo que antecede a licitação da obra.
Em junho último, próximo ao trevo de Caeté, ocorreu um grave acidente na BR-381, com nove mortos. Bastou um Gol, uma Parati e um caminhão carregado de bobinas de arame de aço. Todos os mortos estavam nos carros. Entre as vítimas, dois casais, sendo que uma mulher estava grávida de nove meses e pretendia ter o filho no Espírito Santo. Tragédias como esta se repetem e ocupam as páginas dos jornais. Todos cobram uma solução.
Fonte: Hoje em Dia
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