DA REDAÇÃO - Mais um protesto contra as mortes na BR-381 e como bandeira pela agilização das providências para duplicação da estrada entre Belo Horizonte e Governador Valadares aconteceu neste domingo à tarde, no trevo de Caeté. A manifestação começou às 14h e durou duas horas. As pistas foram interditadas apenas parcialmente. Mas a tentativa de sensibilizar ainda mais as autoridades quanto à urgência de soluções para o problema teve outros desdobramentos nesta segunda, quando foi apresentado um manifesto ao DNIT, em Belo Horizonte, com sugestões de medidas paliativas para a estrada até que a obra definitiva tenha início.
Um manifesto foi entregue ao Superintendente do DNIT – Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte, na manhã desta segunda feira, após manifestação pública que começou na porta da Assembléia Legislativa. Familiares de vítimas da rodovia, autoridades e cidadãos de todas as cidades da região por onde a BR-381 passa seguiram em passeata até a porta do DNIT, carregando cruzes brancas.
Manifesto Público
O manifesto ressalta que o problema chegou no limite. “Por ter sido tratado há anos com negligência pelas autoridades de Brasília, agora precisa ser colocado em categoria de SEGURANÇA NACIONAL. Isto porque a Rodovia (...) matou mais de 800 pessoas em apenas um ano”. O número é o triplo de vítimas dos últimos acidentes aéreos e a estrada é mais letal do que a Gripe Suína, afirmam os manifestantes.
O manifesto ressalta ainda: “As causas para os acidentes, fatais ou não, são muitas, mas todos, independentes das motivações, possuem algo em comum: poderiam ter sido evitados se o Governo Federal não tivesse abandonado as Rodovias Mineiras como fez há anos. O traçado da 381 precisa ser refeito com barreiras físicas entre uma pista e outra”.
Medidas paliativas
Enquanto as soluções definitivas não chegam, os manifestantes propõem uma série de medidas paliativas de emergência:
1. Instalação de cones de plástico nas retas que antecedem as principais curvas, exigindo desaceleração em trechos com alto índice de acidentes na 381;
2. Programa de recapeamento do piso asfáltico permanente;
3. Instalação de barreiras eletrônicas em trechos com maior índice de acidentes;
4. Repintura imediata das faixas e das placas de sinalização na 381;
5. Instalação de “olhos de gato” nas curvas e locais de maior acidente na 381;
6. Instalação de balanças, com controle rígido no tráfego de caminhões e punição severa para os que excedem peso;
7. Iluminação dos trechos urbanos por onde a BR 381 passa;
8. Campanha de conscientização criativa ao longo da via e da sua área urbana, utilizando veículos destruídos e outdoors com cenas apelativas e fortes;
9. Equipes de resgate de prontidão na Rodovia, em “pontos base”, estratégicos;
10. Relatório por parte do DNIT e da ANTT dos itens que estão impedindo o início das obras e quais as providências que estão sendo tomadas para que o processo seja agilizado;
11. Nominação pública dos responsáveis por estes processos (funcionários do DNIT, da ANTT e do TCU) responsáveis pelo desembaraço dos processos;
12. “Força Tarefa” valendo para a extensão da 381 até Governador Valadares, com o objetivo de acelerar os processos burocráticos;
13. Publicação na Internet do número de acidentes e vítimas com atualização diária, incluindo as mortes que acontecem a caminho do hospital ou em conseqüência dos acidentes na 381;
O Movimento SOS Rodovias Federais solicita ainda que o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, venha a Minas Gerais e faça o percurso entre o Olhos D’água até João Monlevade, na direção de um veículo de passeio, “para que possa sentir na pele o que é dirigir um carro nesta Rodovia e no Anel Rodoviário de BH”.
Fonte: http://www.jvaonline.com.br/noticias.asp?id_noticia=76458
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