DA REDAÇÃO - O Movimento SOS Estradas de Minas Gerais entregou, nesta segunda-feira, manifesto na Superintendência do Dnit, em Belo Horizonte. Estava prevista uma caminhada, com saída do pátio da Assembleia Legislativa, até a porta do órgão, no bairro Cidade Jardim. No entanto, um acidente com dois caminhões, na entrada do anel rodoviário, atrasou a chegada dos manifestantes, que seguiram de carro direto para a sede do Dnit. O presidente do movimento SOS Estradas de Minas Gerais, José Aparecido Ribeiro, lembra que os temas BR-381 e anel rodoviário de BH chegaram ao limite.
“Por ter sido tratado há anos com negligência pelas autoridades de Brasília, agora precisa ser colocado em categoria de Segurança Nacional. Isto porque a rodovia, incluindo o trecho do anel rodoviário de BH, matou mais de 800 pessoas em apenas um ano. É o triplo de vítimas dos últimos acidentes aéreos e mais do que a gripe suína”, observa.
No relatório é destacado que as vítimas são mineiros, gaúchos, cariocas, paulistas, espírito-santenses, goianos, nordestinos, nortistas e cidadãos de todo o Brasil que transitam pela Rodovia da Morte e pelo anel rodoviário da capital, não porque querem, mas porque precisam.
Ainda segundo Aparecido, as causas para os acidentes, fatais ou não, possuem algo em comum: poderiam ter sido evitados se o governo federal não tivesse abandonado as rodovias mineiras. Mas enquanto as soluções definitivas não chegam, o movimento SOS Estradas de Minas defende medidas paliativas de emergência para diminuir o número de mortes.
Reivindicações
Entre os pontos elencados no manifesto, estão: a instalação de cones de plástico nas retas que antecedem as principais curvas, exigindo desaceleração em trechos com alto índice de acidentes na BR-381, instalação de barreiras eletrônicas em trechos com maior índice de acidentes, incluindo a reativação imediata das barreiras eletrônicas do anel, repintura imediata das faixas e das placas de sinalização, instalação de “olhos de gato” nas curvas e locais mais propensos a acidente na 381, controle rígido no tráfego de caminhões e punição severa para os que excedem o peso, publicação com atualização diária, incluindo as mortes que acontecem a caminho do hospital ou em consequência dos acidentes na 381 e no anel rodoviário.
O movimento quer ainda que o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, venha a Minas Gerais e faça o percurso entre a entrada de Belo Horizonte e João Monlevade, na condução de um veículo de passeio, para que compreenda o que é dirigir na Rodovia da Morte.
Paralisação no trevo de Caeté
O motorista que estava de viagem pela BR-381 Norte, no domingo, encontrou o tráfego parado por pelo menos duas horas nas proximidades do trevo de Caeté, perto da entrada de Belo Horizonte. Como acontece em todo dia 13 desde março de 2009, domingo passado, às 14h, aconteceu mais um protesto, o sétimo da série pela duplicação com modernização da BR-381, no trecho entre a capital e Governador Valadares.
Um dos alvos do protesto foi a Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt), que insiste na proposta de transferir a estrada à iniciativa privada, para que o dinheiro do pedágio seja aplicado na duplicação simples da pista, sem eliminar curvas e ou construir variantes.
Manifestantes defendem a execução de outro projeto, proposto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com a modernização da estrada e custeio da obra com recursos do PAC.
Fonte: http://diariodoaco.com.br/noticia.php?cdnoticia=26544
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