terça-feira, 15 de setembro de 2009

2009.09.15 - Ninguém segura esses caminhões - O Tempo

Motoristas não respeitam limite de velocidade e só são parados por carros

Hellem Malta

Faltam freios, radares, balanças e prudência. Por essas razões, caminhões reeditam com frequência tragédias nas estradas mineiras. O único obstáculo para deter os veículos de carga tem sido os carros de passeio, como aconteceu ontem à tarde no KM 501 da BR-381, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Uma reprise das circunstâncias e desculpas que provocaram a morte de cinco pessoas, na última sexta, no Anel Rodoviário, quando um caminhão "varreu" a pista na altura do bairro Betânia, na região Oeste capital.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um caminhão com placa de Cordisburgo (região Central), carregado com 14 toneladas de ardósia, e possivelmente em alta velocidade, seguia no sentido São Paulo, quando o motorista Edonilson Pereira da Silva, 29, se deparou com uma retenção na pista e não conseguiu frear. O trânsito estava lento por causa de uma obra de pavimentação, realizada pela concessionária Autopista Fernão Dias.
"Não consegui frear a tempo. Quando vi os carros, uma carreta estava me ultrapassando. Não teve outro jeito senão passar no meio. A obra está mal sinalizada", afirmou o condutor.
Sete carros foram arrastados pelo caminhão, que parou em cima de um Uno, no canteiro que separa a rodovia da pista marginal. Dentro do carro, que ficou completamente destruído, estavam o motorista Renato Nascimento Santos, 35, e o passageiro Flávio Geraldo Carvalho, 39.

Santos sofreu fraturas nos braços e na costela. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Regional de Betim, onde passou por exames de raio-X e não corre risco de morrer. Carvalho fraturou a bacia e foi levado em estado grave, de helicóptero, para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
A PRF desviou o tráfego de veículos para a pista marginal. O trânsito ficou lento por cerca de uma hora e 30 minutos, o que provocou 3 km de congestionamento. Funcionários da Autopista Fernão Dias, que ajudaram na remoção dos veículos, informaram que as obras estão devidamente sinalizadas, com placas e bandeiras.

 
Número
2.000 pessoas morreram nas rodovias federais do Estado desde o desligamento dos radares, em setembro de 2007

Fonte: http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdEdicao=1420&IdCanal=6&IdSubCanal=&IdNoticia=121405&IdTipoNoticia=1

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