O Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) divulgou, no Diário Oficial da União, no último dia 17, o resultado do julgamento de concorrência para elaboração do projeto executivo da duplicação da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Seis empresas foram selecionadas para atuar em dez lotes diferentes. De acordo com ofício enviado pelo órgão federal à Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Piracicaba (Amepi), o valor do edital é de R$38.438.283,17. Mas todo esse dinheiro pode ser perdido caso a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) opte mesmo pela privatização da rodovia. Por enquanto, a agência nacional está impedida de privatizar o trecho BH/Governador Valadares porque algumas operações estão sob investigação do Tribunal de Contas da União. Enquanto isso, o Dnit toca seu projeto que prevê novo traçado em alguns trechos, com construção de túneis e trincheiras.
Em matéria divulgada pelo Jornal O Tempo, o diretor geral do Dnit em Minas, Sebastião Donizete Soares, admitiu que tocar o projeto é uma decisão arriscada, mas que teve essa atitude porque o posicionamento do Governo Federal a respeito da privatização só deve sair no fim deste ano. Até a contratação das empresas, já tinham sido gastos R$10 milhões. Com mais os R$38 milhões dessa etapa, são R$48 milhões que podem ir para o ralo se o projeto do Dnit for paralisado. A previsão é que o projeto executivo esteja pronto em até 10 meses. Ao todo, são 10 lotes, mas dois deles, justamente na região do Médio Piracicaba, não tiveram pretendentes. O Dnit vai selecionar entre as empresas vencedoras duas para elaborar os projetos que não conseguiram oferta. Caso permaneça a proposta da ANTT, de privatização, o Dnit vai tentar que o projeto dele seja mantido, para que não haja desperdício de dinheiro.
Radares
Uma das primeiras iniciativas para diminuir o número de acidentes na BR-381 seria a instalação de radares. A ideia partiu do próprio Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, depois que o vice-presidente José Alencar (PR) fez o pedido de soluções imediatas. A expectativa era de que os equipamentos, 43 no total, fossem instalados ainda neste mês, mas, segundo o Dnit, isso deve demorar ainda mais 60 dias. O motivo é a tomada de preços para contratação da empresa fornecedora. Em João Monlevade, um radar será instalado no quilômetro 360, no bairro Tanquinho. Em São Gonçalo do rio Abaixo serão mais quatro: nos quilômetros 364 (Recanto Cascata), 366 (Ponte Coronel), 370 (Porteira Amarela) e 375 (Montanha Lanches).
Fonte: http://www.anoticiaregional.com.br/noticias.asp?Noticia=3256
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