O presidente da Associação de Moradores, Marcílio dos Santos, disse que a entidade já pediu a instalação de quebra molas ou redutores eletrônicos de velocidade ao longo da rua Beta, por onde se entra e sai do contorno, e alerta que, caso a solicitação não seja atendida, a comunidade poderá fechar o atalho clandestino aberto pelos próprios moradores.
“Ninguém respeita o limite de 60 km/h nesse trecho do contorno, e depois, dentro do próprio bairro, a maioria dos motoristas não tem um pingo de consciência dos riscos do excesso de velocidade”, dispara Marcílio dos Santos.
Descaso
Quando foi construído, a partir de 1999, o contorno rodoviário da BR-381 praticamente excluiu Timóteo e Coronel Fabriciano do seu contexto. A obra tirou o tráfego pesado de dentro de Cachoeira do Vale, em Timóteo, do trevo da avenida Magalhães Pinto e do bairro Caladinho, em Coronel Fabriciano, ao abrir o contorno às margens do rio Piracicaba e da Estrada de Ferro Vitória a Minas, com acesso a partir da entrada de Timóteo pelo bairro Santa Rita e saída somente em Ipatinga, no bairro Horto.
Fabriciano protestou na época das audiências públicas que precederam à obra e, a título de compensação de supostas perdas econômicas com a redução do tráfego, “ganhou” a ponte interligando o trevo do bairro Alegre ao centro da cidade. Timóteo não levou nada.
Na época, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que gerenciou a obra, explicou que o contorno foi projetado para receber apenas o fluxo da rodovia sentido Belo Horizonte ou Leste do Estado, e os eventuais trevos ou alças reduziriam a velocidade e a eficiência no escoamento do tráfego.
Ocorre que, depois de inaugurado o contorno, os moradores das duas cidades excluídas logo trataram de construir atalhos, verdadeiras alças clandestinas, para aproveitar a benesse de um trecho rodoviário moderno e que facilita o acesso a Ipatinga.
Um desses acessos está justamente no bairro Nova Esperança, cujos moradores não estão nem um pouco satisfeitos. Nos horários de pico formam-se enormes filas de veículos ao longo da rua Beta, tanto para entrada quanto para saída do contorno rodoviário.
O presidente da Associação de Moradores do Nova Esperança afirma que, além do risco da travessia da rodovia e da ferrovia, os moradores enfrentam riscos também dentro do próprio bairro, que não está preparado para receber o volume de tráfego que tem recebido.
Fonte: http://www.diariodoaco.com.br/noticia.php?cdnoticia=23541
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