domingo, 28 de junho de 2009

2009.06.28 - Decisão sobre a 381 será do governo Lula - JORNAL DIÁRIO DO AÇO

Alex Ferreira
Bonifácio: acidentes no trecho serão eliminados com a obra

ANTONIO DIAS – Ao participar na sexta-feira (26) da inauguração do viaduto da Prainha, em Antônio Dias, obra de R$ 22,5 milhões do Ministério dos Transportes, o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Sebastião Donizete de Souza, disse reconhecer a necessidade da duplicação do trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares e garantiu que o órgão tem feito todo esforço para buscar uma solução para as obras reivindicadas por políticos, empresários e a comunidade regional.

O superintendente lembrou que, na semana passada, foi finalizada a licitação para contratação do projeto executivo da obra. A previsão é que no princípio de julho seja iniciada a elaboração do projeto, dividido em dez lotes para seis empresas de engenharia, incluindo a variante que prevê a construção de um novo traçado entre o rio Una e Nova Era, contornando João Monlevade.

“Vamos trabalhar junto às empresas para que os projetos fiquem prontos até o fim do ano”, informou Donizete.
Em uma rápida entrevista à imprensa, o diretor do Dnit em Minas falou de outros aspectos que envolvem o projeto de duplicação:

A contratação do projeto executivo significa que o projeto alternativo da ANTT, que prevê o pedágio antes da obra, será jogado para escanteio?
Essa questão da concessão é uma decisão de governo e não cabe à gente opinar sobre isso. O certo é que temos a missão de fazer os projetos. O governo Lula, em determinado momento, vai decidir pela concessão ou não. Se for pela concessão, acreditamos que será aplicado integralmente o projeto que o Dnit está fazendo.

Como foi sua experiência de viajar na BR-381, de Belo Horizonte até o viaduto Prainha?
Extremamente perigosa. Temos um volume altíssimo de veículos e atrasamos nossa chegada (em duas horas) justamente em função do tráfego lento e por causa de um acidente, embora sem gravidade, que gerou congestionamento na rodovia.

E a conclusão?
A gente reconhece que a rodovia não pode ficar mais sem a duplicação e, como disse, o projeto precisa ser esse que o Dnit está desenvolvendo, que moderniza a pista. Mesmo porque o Dnit já investiu no pré-projeto R$ 10 milhões e acreditamos que a concessão com pedágio vai ficar para outra rodovia.

Essa nova fase do projeto executivo vai custar quanto?
O orçamento previsto é de R$ 38 milhões. O Dnit já tem liberados R$ 23 milhões.

Testemunha de um histórico de acidentes

Morador das proximidades do viaduto Prainha, em Antônio Dias, há 69 anos, o aposentado José Bonifácio Souza conta que as quatro curvas eliminadas com a inauguração do viaduto acabam com um histórico de acidentes graves. Segundo Bonifácio, além das curvas fechadas o trecho agora isolado enfrentava havia muitos anos um processo contínuo de erosão, com quedas constantes de pedras. “O terreno arenoso não tinha firmeza e em todo período chuvoso ficava com meia pista interditada pelos deslizamentos. Cedo ou tarde outro caminho teria que ser concluído”, explica.

Segundo o engenheiro do Dnit Márcio Gusmão, o viaduto Prainha tem duas pistas sentido João Monlevade/Ipatinga e uma pista sentido Belo Horizonte, que tem uma descida. Para evitar acidentes, a velocidade no local foi limitada em 60 km/h e já está certo que o viaduto terá pelo menos um radar. Em um futuro projeto de duplicação, o engenheiro explica que o viaduto seria de mão única no sentido a Ipatinga. No sentido Belo Horizonte o pré-projeto prevê a construção de um túnel na montanha que fica na encosta da antiga pista.

Alex Ferreira

Fonte: http://www.diariodoaco.com.br/noticia.php?cdnoticia=23535

Um comentário:

  1. Espero que o governo decida logo essa novela. Aliás, os eleitores é quem esperam, ávidos por essa decisão. Nós, moradores do Leste de Minas, esperamos também que não vingue essa ideia já divulgada, de duplicar com o PAC apenas o trecho BH/Monlevade e privatizar o trecho Monlevade/Governador Valadares, afinal, com suas indústrias e produção agropeciária, o Vale do Aço o Vale do Rio Doce já contribuem o suficiente para merecer a obra pública. Ou será que não?

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