Falha de engenharia ameaça outra ponte na BR-381

Nova União.Estrutura sobre o rio Vermelho está comprometida; para Dnit, defeito não compromete segurança

FOTO: PREFEITURA NOVA UNIÃO/DIVULGAÇÃOPrefeitura identificou falhas em bloco de sustentação da ponte

A população de Nova União, na região Central de Minas, teme enfrentar, nos próximos meses, o mesmo drama vivido pelos moradores de Sabará, na região metropolitana da capital, desde a interdição da ponte sobre o rio das Velhas, na BR-381, fechada desde 20 de abril.

De acordo com a prefeitura de Nova União, a estrutura da ponte sobre o rio Vermelho, também na BR-381, está comprometida e pode apresentar problemas. Segundo engenheiros da Secretaria Municipal de Obras, uma das estacas que suportam o bloco de sustentação da ponte está separada da estrutura por um vão livre de cerca de 15 cm.

O prefeito Moacir de Figueiredo informou que o problema aconteceu na parte mais antiga da ponte, construída em 1959. Ele teme que o trânsito do local tenha que ser desviado para dentro da cidade. "Não temos estrutura para receber esse volume de tráfego, que é cada vez maior", afirmou.

Segundo Figueiredo, a situação ainda não é crítica, mas a ponte pode vir a ceder devido à passagem constante de caminhões e carretas com cargas pesadas. "Espero que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) venha resolver o problema ou, pelo menos, consiga provar que não se trata de nada grave", cobrou o prefeito.

A assessoria de imprensa do Dnit informou que técnicos estiveram no local ontem para examinar a ponte. De acordo com o órgão, não foi encontrada nenhuma falha que comprometa a segurança de quem passa pelo local. Como medida, segundo o órgão, serão instalados redutores de velocidades antes da ponte nos dois sentidos, para reduzir os impactos sobre a estrutura.

Sabará

Desde o último dia 9, a população de Sabará conta uma nova passarela provisória para pedestres. Uma ponte para a passagem de veículos - também provisória - está sendo montada com a ajuda do Exército e deve ser entregue em até dois meses. (TS)

Fonte: O Tempo