“Duplicação começa este ano”
Euler Júnior/EM/D.A Press - 5/3/11O contrato para as obras de revitalização do Anel Rodoviário da capital deverá ser assinado em setembro
O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, criticou ontem o projeto de revitalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e aprovado pelo corpo técnico do próprio órgão. “O projeto foi mal feito, mal dimensionado, estava superfaturado e, infelizmente, foi aprovado”, salientou. Durante encontro com prefeitos, ele anunciou que as obras de duplicação da BR-381 começam no segundo semestre desse ano e que a revitalização do Anel será concluída em 2013, portanto, antes da Copa’2014.
Segundo o diretor, o Anel Rodoviário entrou na pauta do órgão depois que a Fiemg doou o projeto executivo da obra. Ele reconheceu que os estudos foram analisados e aprovados por engenheiros do Dnit em Minas. “Era uma ação que considero inexequível. O projeto que recebemos não atendia a necessidade do Anel”, diz.
Segundo Pagot, não estava previsto no projeto original o entroncamento com a BR-040, o acesso à nova rodoviária, que será construída no Bairro São Gabriel, Região Nordeste da capital, além do acesso a vários bairros. “Quatorze quilômetros de vias laterais não estavam previstos e o projeto incluiu um viaduto que não tinha alça”, completa. A crítica do diretor apontou erros banais, como a troca da unidade de medida metro quadrado por metro cúbico. Sequer a remoção de mais de 2 mil famílias que vivem às margens da via foi contemplada no projeto inicial.
Em junho, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o projeto executivo, indicando que havia “irregularidades graves” que poderiam causar até R$ 300 milhões de prejuízo. O Dnit assumiu todo o processo e a licitação para contratação do projeto executivo da obra ainda não foi concluída. “Na terça-feira, faremos uma das avaliações finais da questão do Anel Rodoviário. Vamos conferir notas topográficas, sondagens e colocar na praça a licitação da primeira etapa. Queremos assinar os contratos em setembro”, afirma. A revitalização deve custar R$ 1,3 bilhão.
RODOVIA DA MORTE
Sobre a BR-381, o diretor informou que os projetos básicos de dois lotes da rodovia, que compreendem o trecho entre Belo Horizonte e Nova Era, na Região Central, estão quase concluídos. “Neste ano, teremos obras tanto no Anel Rodoviário como nos dois lotes da BR-381”, salientou.
Pagot reconheceu algo que muitos especialistas já apontam: Atualmente, o problema não é a falta de dinheiro, mas a execução das obras. “Hoje, com o dinheiro que temos disponível, não é possível termos uma rodovia suja, com buraco, sem sinalização. Vamos arregaçar as mangas e trabalhar”, finalizou o diretor. (TA)
Fonte: Estado de Minas
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“Obras de urgência na 381”
Dnit anuncia pacote de emergência para restauração de estradas, avenidas e ruas de cidades sacrificadas com desvios de ponte. Custo da nova estrutura será de, no mínimo, R$ 50 milhões
Thobias Almeida
Gladyston Rodrigues/EM/D.A PressA Avenida Beira Rio, em Santa Luzia, que desde o dia 20 conta com tráfego intenso de caminhões e ônibus, terá prioridade para receber melhorias
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou ontem um pacote de medidas para enfrentar a situação de emergência na ponte no Rio das Velhas, no km 454 da BR-381, em Sabará, na Grande BH. Em reunião na capital com prefeitos e representantes de cidades que mais sofrem com os desvios, o diretor-geral da autarquia, Luiz Antônio Pagot, se comprometeu a recuperar estragos em estradas e ruas usadas como desvios. Ele anunciou a disputa por três empresas do contrato para construção de uma nova ponte, confirmando que os transtornos só serão aliviados depois da montagem das pontes metálicas pelo Exército. A nome da vencedora da licitação será publicado na terça-feira.
O diretor-geral explicou que a legislação permite ao órgão fazer intervenções em estradas estaduais, vicinais e vias urbanas em casos de emergência. O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) já trabalha no levantamento das vias que precisam de reparos. Pagot citou a Avenida Beira Rio, em Santa Luzia, como uma das que receberão melhorias.
Outro problema é o trânsito caótico que se instalou em Sabará, Santa Luzia e Caeté. Na segunda-feira, encontro entre representantes do Conselho-Geral de Operações do Dnit, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), da BHTrans, do DER e da Confederação Nacional do Transporte (CNT) discutirão a formação de um conselho gestor para controlar todas as ações ligadas à interdição da ponte, inclusive criar novas rotas para veículos pesados e ônibus.
Empresas do Distrito Industrial Simão da Cunha, em Santa Luzia, denunciaram ontem que estão ilhadas depois que a PMRv proibiu a circulação de caminhões no desvio de Santa Luzia. “Estamos impedidos de receber ou despachar as mercadorias”, afirmou Paulo Garcia, gerente comercial da empresa Estrutural.
RECURSOS Pagot informou que, para se adequar ao prazo de seis meses, o Dnit optou pela construção de uma ponte mista, com pilares afastados e estacas cravadas, além de vigas mestras de aço. As empresas M. Martins, Egesa e Fidens disputam o contrato de, no mínimo, R$ 50 milhões para a nova estrutura. Os valores finais ainda não foram divulgados. A previsão inicial era de liberação de R$ 30 milhões. O aumento dos gastos se deve à execução de trabalhos fora dos planos. O Dnit terá de aterrar as margens do Rio das Velhas e colocar quatro blocos de concreto, de sete metros de largura por sete de comprimento, que servirão de base para as pontes metálicas do Exército.
As obras de recuperação das rodovias estaduais, estradas vicinais e ruas de cidades afetadas serão contempladas no contrato emergencial, assim como a contratação de agentes de fiscalização. Inicialmente, a empreiteira ficaria responsável pela demolição da estrutura condenada, a construção da nova ponte e de uma passarela para pedestres, que, de acordo com Pagot, ficará pronta em 30 dias.
CULPA
O diretor-geral eximiu o Dnit de culpa pelo problema na ponte da BR-381. “A ponte no Rio das Velhas não estava no rol das que precisariam de intervenções”, afirma Pagot. Explicou que duas obras de recuperação feitas na estrutura da ponte, uma há 12 anos e outra há oito. O diretor ameniza o fato de inspeções recentes não terem detectado problemas e da inexistência de análises na estrutura submersa. “O rio tem um leito formado por seixo e as sapatas da estrutura ficaram descalças. Nos últimos quatro anos, de todos os problemas com pontes, só dois foram debaixo d’água”, argumenta. Ele aponta a idade da ponte, construída há 57 anos, como outro fator complicador, pois, à época da construção, ela suportava caminhões com no máximo quatro toneladas de carga. Hoje, é comum carretas com 70 toneladas cruzarem a rodovia e o volume diário de veículos naquele trecho da BR-381 chega a 50 mil.
Pagot negou que a ponte do Rio das Velhas esteja fora do Proarte, programa que investirá R$ 5,8 bilhões na recuperação de obras de arte de rodovias federais. Ele lembrou que o projeto de duplicação da BR-381 já contemplava mudanças na ponte, mas não soube explicar quais.
Fonte: Estado de Minas
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“Dnit sem dinheiro para salvar pontes”
Governo adia projeto para recuperar 59 viadutos e pontilhões com sérios riscos de segurança nas rodovias federais de Minas
Álvaro Fraga
Jair Amaral/EM/D.A Press - 20/01/11Viaduto no km 631 da BR-040, em Conselheiro Lafaiete, tem grandes rachaduras e grades de proteção quebradas
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não tem dinheiro para recuperar os 59 viadutos, pontes e pontilhões em péssimas condições de conservação, que põem em risco a segurança de motoristas e passageiros nas rodovias federais em Minas. A informação é do diretor-geral do órgão, Luís Antônio Pagot: “O projeto ainda não está aprovado no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Por enquanto, devemos aguardar. Só poderei falar sobre isso daqui a 60 dias, quando serão estabelecidos os planos de trabalho”, disse Pagot ontem, em Belo Horizonte.
A preocupação com a manutenção dessas obras de arte, como são chamadas as pontes, viadutos e pontilhões, se tornou maior depois que a estrutura da ponte no Rio das Velhas, na BR-381, em Sabará, na Grande BH, cedeu e foi interditada no dia 20, dificultando a principal ligação de Minas com o Espírito Santo e o Nordeste. Para especialistas, deve ser urgente a recuperação dos viadutos, pontes e pontilhões das BRs em Minas para evitar prejuízos e acidentes.
Em janeiro, levantamento do Estado de Minas revelou a péssima manutenção das estruturas em quase todas as rodovias federais mineiras. Na época, com base em estudo da sua unidade de programas especiais, o Dnit informou que estavam previstos R$ 5,8 bilhões para melhoria em 2,5 mil obras de arte em todo o país, entre as 4.302 sob responsabilidade do órgão, com prioridade para as em pior estado de conservação.
Também foi anunciado que as obras da primeira etapa do programa seriam iniciadas ainda no primeiro semestre, com um total de 500 obras de arte especiais sendo beneficiadas. Desse número, 59 estruturas em Minas seriam restauradas na primeira fase do programa. O Dnit chegou a revelar que os editais de licitação seriam publicados em março e que em Minas seriam investidos R$ 49,4 milhões, com as 59 estruturas divididas em nove lotes.
SITUAÇÃO CAÓTICA
Uma das estruturas em pior situação em Minas é a ponte no Rio das Velhas, na BR-365, em Várzea da Palma, no Norte de Minas. A estrutura é estreita, cheia de buracos e há risco de acidente toda vez que dois veículos se cruzam, principalmente carretas e caminhões.
Na BR-116, segundo o Programa de Reabilitação das Obras de Arte Especiais (Proarte), está prevista a recuperação de 13 obras de arte, entre elas a ponte no Rio Doce, no km 414, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A estrutura tem 448 metros de extensão.
As BRs 354 e 365 têm sete pontes em estado crítico e, na BR-452, no Triângulo Mineiro, a preocupação é com um viaduto totalmente desgastado. Em janeiro, Francisco Thormann, coordenador de unidades especiais do Dnit, disse ao EM que seriam iniciadas em Minas, em caráter de urgência, as obras de recuperação de 15 estruturas em pior situação. Ele afirmou ainda que o trabalho não se restringiria à mera recuperação das pontes, viadutos e pontilhões, já que as pontes com largura inferior a 13 metros seriam alargadas e em todas seriam instalados guarda-corpos. (Com Thobias Almeida e Pedro Rocha Franco)
Fonte: Estado de Minas
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“Diretor-geral do Dnit admite que desvio por Santa Luzia é precário”
Publicação: 30/04/2011 12:14 Atualização: 30/04/2011 12:32
Trânsito na Avenida Beira Rio, em Santa Luzia, Região Metropolitana de BH
O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, admitiu na manhã deste sábado que entre os desvios feitos por motoristas na BR-381, o trecho da cidade de Santa Luzia é o mais problemático. Pagot fez o trajeto para saída de Belo Horizonte e acesso à BR-381. Ele saiu da capital passando pela Via 240, MG-020 e chegou à LMG-145, conhecida como Avenida Beira Rio em Santa Luzia. O diretor-geral foi à BR-381 até chegar na ponte interditada sobre o Rio das Velhas. No retorno à BH, Pagot seguiu na rota alternativa pelas cidades de Sabará e Caeté, na região metropolitana.
Segundo Pagot, o Dnit tem um pacote de medidas para enfrentar a situação de emergência e melhorar as rotas alternativas. A partir da próxima quarta-feira o órgão começa as obras de recuperação do asfalto, fechamento de erosões e implantação de sinalização nos desvios. De acordo com o diretor-geral, a situação mais complicada está em Santa Luzia, tanto dentro da cidade, quanto na Avenida Beira Rio.
Nessa rota será permitido o tráfego de veículos de carga até 30 toneladas, diferente do que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) anunciou na sexta-feira, quando aumentou a permissão de trânsito dos caminhões com até 20 toneladas. Na rota Caeté/Sabará não será permitido trânsito de veículos pesados.
De acordo com Pagot, uma reunião na segunda-feira entre DER-MG, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar Rodoviária vai definir o cronograma, além do orçamento para as intervenções. O pacote de obras previsto para Minas é de quase R$ 50 milhões, mas o Dnit ainda não sabe quanto será investido na recuperação dessas estradas usadas como desvio. As rotas sustentarão o tráfego da BR-381 até a recuperação da ponte interditada.
Fonte: Portal Uai
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“DER reduz limitação para veículos pesados”
Publicado no Jornal OTEMPO em 30/04/2011
A limitação para o tráfego de veículos pesados na estrada de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, está mais tolerante a partir de hoje. Até ontem, estavam proibidos de passar pelo local caminhões, carretas e ônibus com peso superior a 8 toneladas. Agora, está permitida a circulação de veículos com até 20 toneladas.
A medida - provocada pelas consequências da interdição da ponte sobre a BR-381, na cidade vizinha de Sabará - foi determinada pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) para atender principalmente à demanda dos ônibus que fazem viagens intermunicipais e o transporte metropolitano de passageiros.
De acordo com o prefeito de Sabará, William Borges, a restrição ao tráfego em Santa Luzia estava gerando transtornos para a população, uma vez que os ônibus ficavam impedidos de chegar à cidade.
"Já não sabemos mais o que fazer. A população está indignada, com toda a razão. Até agora, a única intervenção feita foi a passarela provisória para pedestres", reclamou Borges. Ele calcula que os prejuízos causados pelo atraso na entrega de mercadorias tenha chegado a R$ 1 milhão por dia.
A situação caótica nas cidades que têm sido utilizadas como desvios - há exatamente dez dias - ainda não tem uma solução. A população terá que esperar pelo menos 45 dias até que a ponte provisória para veículos seja instalada na BR-381.
Reunião.
Para tentar reduzir os transtornos, os prefeitos de Santa Luzia, Sabará e Ouro Preto se reuniram ontem com o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot.
Ficou definido que o órgão vai realizar intervenções nas estradas e no perímetro urbano dessas cidades, para melhorar o fluxo de veículos. Segundo o Dnit, as obras serão incluídas no pacote emergencial de recuperação da ponte - o investimento deve passar de R$50 milhões. Pagot afirmou que uma sindicância será aberta para apurar as causas do afundamento de um dos pilares da ponte. (JS)
Fonte: O Tempo
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